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China abre Congresso anual anunciando "triunfo" contra coronavírus, mas sem metas de crescimento

A China abriu nesta sexta-feira (22) o Congresso Nacional do Povo, o encontro anual do partido comunista chinês, exaltando "triunfo" na luta contra o coronavírus. As dificuldades econômicas geradas pela pandemia estão na pauta de discussões. Uma legislação mais restritiva sobre Hong Kong também será votada.

Congresso anual do Partido Comunista discute medidas restritivas contra Hong Kong. Pequim, 22/05/20.
Congresso anual do Partido Comunista discute medidas restritivas contra Hong Kong. Pequim, 22/05/20. AFP
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Reunidos até a próxima semana em Pequim, os quase 3 mil deputados do maior Legislativo do mundo devem endossar as decisões do partido. Este ano eles também reconhecem dificuldades econômicas. O encontro anual do partido comunista, inicialmente programado para fevereiro, teve que ser adiado dois meses e meio devido à crise da Covid-19.

De acordo com o primeiro-ministro Li Keqiang, o país teve uma vitória estratégica em sua resposta à Covid-19. A China foi o primeiro país atingido pela pandemia, mas também o primeiro a conseguir controlar a propagação do vírus.

O premiê reconheceu que o sucesso na luta contra o coronavírus teve um custo elevado para a economia do país. O Produto Interno Bruto (PIB) teve uma retração de 6,8%, pela primeira vez na história do país.

Sem metas de crescimento

O governo da China também decidiu não fixar metas de crescimento para 2020. O primeiro-ministro disse que o país enfrenta fatores que são difíceis de prever e por essa razão o governo dará prioridade à estabilização do emprego e à garantia do padrão de vida. 

O premiê também anunciou a emissão de títulos no valor de € 128 bilhões (R$ 775 bilhões) e um plano de investimentos de € 481 bilhões (R$ 2,9 trilhões). As despesas militares também tiveram de ser reduzidas e serão de 6,6% este ano, segundo anunciou o Ministério das Finanças chinês, contra 7,5% no ano passado.

Hong Kong promete cooperação total com Pequim

A chefe do executivo de Hong Kong, Carrie Lam, disse nesta sexta-feira que está pronta para "cooperar plenamente" com Pequim para aplicar a lei de segurança nacional que o regime chinês quer impor ao território autônomo.

O regime comunista da China apresentou hoje durante o Congresso Nacional do Povo uma proposição de lei que visa a interditar o que considera traição e a subversão em Hong Kong, em resposta às manifestações da oposição no ano passado.

Militantes de oposição de Hong Kong convocaram manifestações pró-democracia contra o projeto de segurança nacional, que consideram um dos piores ataques contra a autonomia do território.

A legislação pode ser uma mudança histórica para o território, com o risco de reacender a revolta dos manifestantes de Hong Kong após meses de calma, devido às medidas de isolamento tomadas para diminuir a propagação do coronavírus.

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