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Queda do preço petróleo é uma catástrofe para vários países, diz Les Echos

O impacto da queda vertiginosa do preço do petróleo em vários países é abordado nesta terça-feira (19) pelo diário francês Les Echos. Da Rússia à Venezuela, o valor do produto derruba as previsões econômicas e exige aperto nas contas de empresas e governos.

Exploração offshore de petróleo.
Exploração offshore de petróleo. REUTERS/Lucy Nicholson/Files
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Les Echos lembra que na segunda-feira (18) o preço do barril chegou a ser cotado a US$ 28, um cenário de “ficção científica” dois meses atrás. O "ouro negro" perdeu 75% de seu valor desde meados de 2004, uma queda brutal e histórica em tão curto espaço de tempo, afirma a reportagem.

Descontando a inflação do período a partir do primeiro choque petrolífero, no começo dos anos 70, o preço do barril estaria a US$ 5 dólares, valor quase equivalente ao de dezembro de 1973. Essa "marcha ré" de 43 anos é um ótima notícia para os países importadores, mas uma catástrofe para quem produz e exporta, diz o artigo.

A queda da cotação l tem impacto em diferentes países. Na Noruega, afirma o jornal, empresas do setor começaram as campanhas de demissões voluntárias e mais de 27 mil postos de trabalho vão evaporar. Na estatal Statoil, os funcionários tem que dizer até o dia 25 se aceitam deixar a empresa em troca de indenizações generosas. A intenção é cortar até 1.500 empregos, afirma.

Rússia perde metade das receitas

A Rússia, que tem cerca de metade de suas receitas ligadas ao petróleo, está “impotente” diante da queda dos preços. Moscou foi obrigado a impor um plano de austeridade e os ministérios terão que fazer 10% de economias. É que o orçamento do governo foi calculado com o barril a US$ 50 dólares, explica Les Echos.

Além de reduzir as despesas públicas, como é o caso também da Arábia Saudita, países como o Azerbaijão estão ainda optando por abrir o capital de empresas públicas para melhorar as receitas. A situação é tão delicada que beira o chamado “ponto morto”, ou seja, abaixo do nível no qual a exploração de petróleo não é mais rentável.
 

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