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Petróleo/China

Afetado pela moeda chinesa, petróleo tem cotação mais baixa desde 2009

O preço do petróleo despencou nesta terça-feira (11) em Nova York e terminou o dia com a cotação mais baixa dos últimos seis anos. O declínio teria sido provocado pela desvalorização do yuan, que suscitou o temor de um impacto direto nas exportações para a China.

Campo de extração de petróleo em Bakersfield, na Califórnia.
Campo de extração de petróleo em Bakersfield, na Califórnia. REUTERS/Lucy Nicholson/Files
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O preço do barril de referência (WTI), com entrega prevista para setembro, perdeu US$ 1,88 e fechou em US$ 43,08 no New York Mercantile Exchange (Nymex). Essa queda de quase 5% fez com que o petróleo chegasse ao valor mais baixo desde 2009.

Os analistas apontam a decisão da China de desvalorizar sua moeda como responsável pela queda. Pequim reduziu seus índices de referência com relação ao dólar alegando que queria dar mais importância para seu mercado, mas a medida foi vista como uma forma de conter o declínio de suas próprias exportações.

A queda do petróleo surpreendeu, já que os preços do bruto haviam subido na véspera em Nova York, e se equilibraram depois de três dias de queda.

A flutuação do yuan se soma a uma série de indicadores negativos sobre a economia da China. Ela é anunciada após a queda de cerca de 25% da bolsa de Xangai, no meio de junho, e da divulgação de previsões de crescimento para 2015 de apenas 7%, o índice mais baixo dos últimos 25 anos no gigante asiático, segundo maior consumidor mundial de petróleo.

Opep aumenta previsão de demanda de petróleo

A queda do preço do bruto em Nova York coincide com a divulgação do mais recente relatório da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep). A entidade aumentou sua previsão de demanda do combustível para 2015 e mantém a projeção de aceleração para 2016.

O cartel prevê uma demanda de 1,38 milhão de barris diários (mbd) este ano, o que significa uma alta 100.000 bd na comparação com as estimativas de julho. Para 2016, a organização mantém a previsão de 1,34 mbd, graças ao aumento esperado do crescimento mundial de 3,5%, contra 3,2% este ano.

A Opep baseia a análise em um "crescimento melhor do que o esperado da demanda de petróleo para este ano e em determinados sinais de recuperação das economias dos principais países consumidores". O cartel superou novamente em julho a cota de produção de 30 mbd estabelecida e alcançou 31,51 mbd, apesar dos preços baixos.

(Com informações da AFP)

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