Candidata à prefeitura de Colônia é esfaqueada por ações pró-migrantes
A candidata apoiada pela chanceler Angela Merkel para a prefeitura de Colônia, conhecida por suas ações em favor dos refugiados, foi esfaqueada neste sábado (19) enquanto fazia campanha para as eleições municipais. O ataque, atribuído a um homem que teria agido por motivos racistas, acontece em meio à crescente tensão no país sobre a política do governo para os refugiados.
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Henriette Reker, de 58 anos, fazia campanha em um mercado de Colônia e estava no stand de informações do partido cristão-democrata (CDU) quando foi atacada por um homem de 44 anos. A candidata independente, mas apoiada pela chanceler Angela Merkel, ficou gravemente ferida no pescoço.
O agressor, detido após o ato, justificou seu ataque por uma "motivação racista", de acordo com a polícia. Henriette Rekker é responsável pela acolhida de refugiados na cidade de Colônia, oeste da Alemanha. Ela foi operada e seu estado de saúde é considerado "estável".
A chanceler Angela Merkel expressou todo seu "estupor" e condenou o ato racista, segundo um de seus porta-vozes. O ministro do Interior, Thomas de Maizière, declarou estar "profundamente chocado" pelo ataque qualificado por ele como "terrível e covarde".
Líderes políticos de toda a região, de vários partidos, decidiram organizar às 18h00, pelo horário local, uma "corrente humana" contra a violência na frente da prefeitura de Colônia.
Merkel criticada por sua política migratória
A chanceler alemã, que vem sendo criticada até dentro de seu próprio partido pela política considerada muito atraente para os refugiados, visita a Turquia neste domingo (18) para discutir com as autoridades locais sobre o fluxo migratório.
Durante a semana, o governo turco negociou com a União Europeia um "plano de ação" para lidar com os milhares de sírios, afegãos, iraquianos e cidadãos de outras nacionalidades, que tentam atravessar diversos países para chegar à Alemanha. O país é visto como novo "eldorado" para os refugiados, o que tem despertado muitas críticas de opositores ao governo, além de ações violentas de grupos de extrema-direita.
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