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Linha Direta

Com popularidade em baixa, Merkel insiste em solidariedade a refugiados

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Com a popularidade em queda, a chanceler alemã, Angela Merkel, continua insistindo sobre a necessidade de a Europa agir de forma conjunta para enfrentar a maior crise migratória desde a Segunda Guerra Mundial. No próximo domingo, ela viaja à Turquia para tentar convencer o governo de Recep Tayyip Erdogan a melhorar as condições de acolhimento dos sírios.

Na Alemanha, a chaceler Angela Merkel é cada vez mais contestada por deixar as portas abertas aos refugiados
Na Alemanha, a chaceler Angela Merkel é cada vez mais contestada por deixar as portas abertas aos refugiados REUTERS/Hannibal Hanschke
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Um aumento no número de refugiados recebidos por Ancara pode aliviar a pressão sobre a chanceler, cada vez mais contestada por deixar as portas do país abertas demais. Um terço dos alemães já querem sua demissão.

Este número pode parecer surpreendente para o país que, há poucos meses, recebia calorosamente os migrantes com cartazes escritos "bem-vindos, refugiados", ainda tocado pela foto do garoto curdo Aylan Kurdi, encontrado morto em uma praia da Turquia.

Para o correspondente da Radio France Internationale em Berlim, Marcio Damasceno, ainda não é cedo para falar em reviravolta mas, "aos poucos, parece que muitos alemães estão vendo que os abrigos para refugiados estão ficando superlotados, que as capacidades dos albergues estão chegando ao limite e que há dificuldades mesmo para registrar os migrantes".

Assim, começam a se multiplicar as filas de estrangeiros que esperam dias em grandes filas por uma senha, uma situação que tende a piorar com a chegada do inverno. Damasceno cita pesquisas que mostram que a maioria dos alemães critica a política migratória de Angela Merkel. "Mas ainda existe uma grande parcela da população, que apoia o que a chanceler está fazendo - é quase 40% do eleitorado, um índice bastante considerável".

Carona da extrema-direita

De acordo com Marcio Damasceno, "metade dos alemães já doou algo para os refugiados que estão chegando". O correspondente lembra, no entanto, que movimentos extremistas como o neonazista e islamofóbico Pegida, "aproveitam a situação para pegar carona no medo dos alemães e no descontentamento que começa a surgir" para tomar as ruas.

Numa das grandes passeatas do Pegida, Damasceno conta que "ativistas fizeram uma forca para Merkel. Essa provocação está sendo agora investigada pela justiça alemã, como uma possível ameaça de morte".

Para ouvir o programa Linha Direta com o correspondente da RFI em Berlim, Marcio Damasceno, clique no link acima.

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