Recrutadores ganham até US$ 10 mil por cada novo combatente jihadista
O grupo Estado Islâmico (EI) paga a seus recrutadores até US$ 10.000 por cada novo combatente que se une à organização para lutar na Síria e no Iraque, afirmaram nesta sexta-feira (16) especialistas da ONU, em um relatório publicado na Bélgica.
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Elzbieta Karska, que lidera uma unidade da ONU que estuda o problema dos combatentes estrangeiros que viajam a zonas de conflito, afirma que o grupo EI está utilizando as redes sociais e as conexões informais e familiares para recrutar novos jihadistas.
Os intermediários, que em muitos casos estão na Síria, "obtêm um pagamento em função do número de pessoas recrutadas e se uma destas pessoas depois se casa", afirmaram os especialistas da ONU em um relatório preliminar publicado na Bélgica, o país europeu mais afetado por este fenômeno.
Especialistas
"Se for alguém muito formado como um especialista em informática ou um médico, então pagam mais", disse Karska na coletiva de imprensa . "Temos informações de que os recrutadores recebem até US$ 10.000, dependendo de quem for captado", disse o advogado, que advertiu que essas conclusões são preliminares.
O perfil dos combatentes é diverso, mas a idade média está em torno dos 23 anos e cada vez há mais mulheres que decidem partir. As motivações são variadas, desde a "convicção religiosa", os "motivos humanitários" ou inclusive "a busca de aventuras". O perfil não corresponde sempre às pessoas com empregos precários. "Muitas têm uma boa situação econômica", afirma Karska.
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