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Linha Direta

Líder do partido trabalhista de Israel é favorito nas eleições legislativas

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As pesquisas de intenção de voto para as eleições legislativas que acontecem na proóxima terça-feira (17) confirmam a tendência das últimas semanas: a de que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, do partido de direita Likud, tem motivos para estar preocupado. Seu principal concorrente, o líder do partido trabalhista, Yitzhak Herzog, tem a preferência dos eleitores. Com uma diferença de quatro cadeiras no Knesset, o Parlamento de Israel, ele pode se tornar o próximo premiê.

O líder do Partido Trabalhista, Yitzhak Herzog, lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições legislativas israelenses.
O líder do Partido Trabalhista, Yitzhak Herzog, lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições legislativas israelenses. REUTERS/Baz Ratner
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Daniela Kresch, correspondente da RFI em Israel

Segundo o maior jornal do país, Yedioth Aharonoth, Herzog, que lidera a legenda Campo Sionista, união dos trabalhistas com outro partido, tem hoje 26 cadeiras e Netanyahu, só 22.

Como o Knesset tem 120 cadeiras, o provável vencedor é o partido ou legenda que conseguir mais assentos. Nem sempre o partido com mais cadeiras consegue formar uma coalizão de governo, que precisa de 61 parlamentares para ser viável

Netanyahu em baixa

Pela lógica, Netanyahu deveria ter resultados mais positivos nas pesquisas de intenção de voto, afinal, foi o próprio premiê que dissolveu o parlamento, mesmo que ainda tivesse dois anos de mandato pela frente.

Para os analistas, Netanyahu subestimou os oponentes e, principalmente, errou ao focar a campanha eleitoral do Likud na ameaça do programa nuclear iraniano a Israel.

Há dez dias, ele fez um discurso no Congresso Americano alertando para o acordo que está sendo negociado entre os Estados Unidos e outras potências com o Irã, que ele considera leniente demais com Teerã. O discurso irritou o presidente americano Barack Obama, que lidera os esforços por esse acordo. Em Israel, a crise diplomática com Washington não foi ignorada e muitos criticaram Netanyahu.

O primeiro-ministro também pode ter errado em ignorar a questão econômica, que mais incomoda os eleitores, pouco interessados na ameaça iraniana.

Os israelenses reclamam da alta do custo de vida, principalmente da moradia, do colapso do sistema de saúde e do aumento do desemprego. Ou seja, Netanyahu pode ter errado ao ignorar esses assuntos, explorados pelo Campo Sionista e outros partidos sócio-econômicos.

Expectativa

O clima é de expectativa e ansiedade no país para a votação da próxima terça-feira. Quando 5,8 milhões de eleitores israelenses vão votar em 10 mil sessões eleitorais.

Nas ruas, há menos cartazes e panfletos do que em eleições anteriores : o que pode indicar o cansaço da população com a instabilidade política no país. A última votação aconteceu em janeiro de 2013, a pouco mais de dois anos.

Nos últimos 12 anos, cinco eleições legislativas foram realizadas em Israel : uma média de uma a cada dois anos e quatro meses.

Nesta sexta-feira (13), ativistas e seguidores dos maiores partidos devem sair às ruas para angariar votos a poucos dias da votação. No total, 5,8 milhões de eleitores israelenses vão votar em 10 mil sessões eleitorais.

Os jornais de hoje publicam reportagens especiais e aprofundadas sobre os principais candidatos, além de pesquisas eleitorais exclusivas. Nas TVs, rádios e sites da internet, a campanha eleitoral é o principal tema.

Questão palestina

A questão da criação de um Estado palestino independente faz parte do DNA da política israelense. Quem vota na direita é, em geral, contra isso ; os esquerdistas são a favor. O tema central da campanha foi a questão sócio-econômica e não a diplomática.

Mas, apesar disso, nessa campanha eleitoral pouco se falou de acordo com os palestinos. Depois de tantas decepções com negociações que não deram certo, o público israelense se cansou do tema e da falta de perspectiva para o fim do conlfito.

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