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Israel/EUA

Diante do Congresso americano, Netanyahu critica Obama por negociar com Irã

Nesta terça-feira (3), em Washington, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez o aguardado discurso diante do Congresso americano. Mais uma vez, o premiê criticou severamente a iniciativa dos Estados Unidos de participarem, ao lado de outras potências, das atuais negociações com o Irã sobre o seu controvertido programa nuclear.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu discursa diante do Congresso americano, em Washington, nesta terça-feira, 3 de março de 2015.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu discursa diante do Congresso americano, em Washington, nesta terça-feira, 3 de março de 2015. REUTERS/Gary Cameron
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Raquel Krahenbuhl, correspondente da RFI Brasil em Washington

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu,  "massacrou" o acordo nuclear que os Estados Unidos e mais cinco potências ocidentais (China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha) tentam negociar com o Irã. O acordo é uma das prioridades da política externa do presidente Barack Obama.

Netanyahou disse que "todos estão melhores sem este acordo porque é um péssimo negócio, que não impede que o Irã desenvolva armas nucleares mas, ao contrário, garante que o Irã desenvolva muitas delas em poucas semanas. Netanyahu disse também que o Irã "engana bem" os inspetores da ONU e que congelar o programa iraniano por dez anos é um perigo porque "esse tempo passa num piscar de olhos para uma nação".

O premiê insiste que os países rejeitem esse acordo nuclear com o Irã, argumentado que ameaça não só a existência de Israel como a paz em todo o mundo. Netanyahu comparou o Irã ao grupo Estado Islâmico e à Coreia do Norte, dizendo que para ser tratado como um país normal precisa parar a agressão contra países vizinhos, parar de apoiar o terrorismo e parar de ameaçar Israel.

Apoio dos republicanos e reação de Obama

Os republicanos, que repudiam esse acordo, ovacionaram Netanyahu no Congresso. Disseram que ele é o maior aliado dos Estados Unidos e pediram união contra esse acordo que consideram um fracasso.

E esse é o maior temor do presidente Obama, ou seja, que o Congresso aprove medidas que possam prejudicar as conversas com Teerã. Obama, irritado com essa provocação do premiê israelense, encaixou no momento do discurso uma videoconferência comcinco  líderes europeus para discutir a crise na Ucrânia e outros assuntos de segurança global.

O presidente americano reagiu ao discurso, declarando que o premiê israelense não apresentou nenhuma alternativa viável para impedir o Irã de ter uma arma atômica e que seu discurso "não trouxe nada de novo".

Irã

O Irã respondeu que Israel está tentando criar tensão e conflito e acusou o premiê Netanyahu de "recorrer a mentiras contínuas".

Já em Israel, muitos comentam que o premiê está tentando impulsionar sua candidatura a duas semanas das eleições legislativas.

 

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