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Linha Direta

Nicolás Maduro diz que EUA planejam golpe contra a Venezuela

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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, voltou a atacar Washington ao denunciar, nesta terça-feira (3), um suposto plano de golpe de Estado norte-americano. A acusação acontece poucos dias depois de Maduro ter anunciado a redução do corpo diplomático de Washington na Venezuela. Em seu programa de rádio, o presidente informou que uma delegação da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) chega a Caracas nesta sexta-feira (6).

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro apresentou supostas provas de um golpe dos Estados Unidos na Venezuela.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro apresentou supostas provas de um golpe dos Estados Unidos na Venezuela. REUTERS/Andrea De Silva/Trinidad and Tobago Prime Minister's Off
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Elianah Jorge, correspondente da RFI em Caracas

No programa “Em Contato com Maduro”, o presidente venezuelano apresentou um áudio com as supostas diretrizes de um plano golpista. Segundo ele, a gravação seria transmitida pelo canal norte-americano CNN e pelo venezuelano Televen.

O áudio teria sido gravado em janeiro deste ano e vazado graças a um venezuelano infiltrado na Força Aérea norte-americana.

De acordo com Maduro, o golpe seria realizado no último 12 de fevereiro com o apoio dos Estados Unidos e de “toda a oposição venezuelana”.

Maduro ainda pediu que o presidente norte-americano Barack Obama entregue os supostos golpistas que estão nos Estados Unidos. O chefe de Estado venezuelano também exigiu que Washington abandone os "planos intervencionistas" na Venezuela.

Recentemente, a chanceler venezuelana Delcy Rodríguez declarou, durante uma reunião sobre Direitos Humanos na ONU, que os Estados Unidos sempre quiseram derrubar o governo bolivariano.

Obrigatoriedade de visto

Caracas oficializou nesta terça-feira a obrigatoriedade de visto aos cidadãos norte-americanos que viajem à Venezuela. A decisão foi solicitada recentemente por Maduro.

O presidente também pediu a redução de 70 para 17 do número de diplomatas dos Estados Unidos na Venezuela. O ex-presidente George W. Bush, e mais seis norte-americanos, estão proibidos de de pisar em solo venezuelano.

Unasul em Caracas

Nesta sexta-feira, uma delegação da União de Países Sul-Americanos (Unasul), liderada pelo secretário-geral Ernesto Samper, chega a Caracas. O chanceler brasileiro Mauro Vieira também deve integrar o grupo para, segundo palavras de Maduro, “apoiar a democracia e a soberania da Venezuela”.

O esforço diplomático acontece em um momento em que a situação com os opositores continua delicada. O presidente venezuelano voltou a acusar seus principais rivais, Antonio Ledezma e Leopoldo López, ambos detidos na prisão de Ramo Verde, além da deputada deposta Maria Corina Machado, de simular um decreto ditatorial para a queda do governo.

Eleições Legislativas

O delicado cenário é agravado pela continuação da escassez de alimentos, da altíssima inflação, do aumento da violência nas ruas e das incertezas políticas. Mas, o Conselho Nacional Eleitoral promete que a crise não vai afetar a realização das eleições legislativas venezuelanas, previstas para o dia 28 de junho.

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