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Imprensa

Estratégia ofensiva de Dilma consegue frear ascensão de Marina, analisa Libération

Com a aproximação do primeiro turno da eleição presidencial no Brasil, a campanha eleitoral brasileira ganha espaço quase cotidiano na imprensa francesa. Nesta terça-feira (23), o tema é abordado em dois artigos. O primeiro, publicado por Libération, diz que Marina Silva perde terreno nas pesquisas. O segundo, no Les Echos, fala das consequências no debate eleitoral do erro do IBGE no cálculo das desigualdades no país. A imprensa também destaca a ameaça jihadista contra a França que está estampada na capa dos jornais.

Para o jornal Liberation, a candidata Marina Silva "perde um pouco de terreno na campanha presidencial".
Para o jornal Liberation, a candidata Marina Silva "perde um pouco de terreno na campanha presidencial". REUTERS/Paulo Whitaker
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Na última etapa da corrida eleitoral brasileira, “a presidente-candidata Dilma Rousseff parece ter conseguido enfim frear a espetacular ascensão da rival ecologista”. Essa é a opinião de Libération após a última pesquisa que mostra que Marina Silva perde um pouco de terreno no primeiro turno, mas continua empatada com Dilma Rousseff no segundo.

“Marina passou a ser o principal alvo da campanha do poderoso PT no poder e essa estratégia ofensiva começa a surtir efeito”, acredita o jornal. Libération diz que a origem modesta de Marina na Amazônia joga a favor da candidata surpresa do PSB e ressalta que, se ela for eleita, será a primeira mulher negra a dirigir o Brasil. Um especialista entrevistado por Libé aponta que o grande problema de Marina é a fraca coalizão de partidos que a apoia.

Erro do IBGE

O Brasil não sabe mais em que estatística confiar, escreve Les Echos sobre o erro do IBGE na PNAD, que resultou em um cálculo equivocado das desigulades no país, em 2013. O diário econômico diz que esse erro esquentou ainda mais a campanha presidencial no Brasil, principalmente porque o tema das desigulades é crucial para o PT no poder há 12 anos.

Les Echos explica aos leitores que, depois de divulgar um pequeno aumento do índice Gini que mede as desigulades, o IBGE assumiu que errou no cálculo e divulgou um novo índice, dessa vez menor do que em 2012. O diário lembra o erro na pesquisa sobre estupros do IPEA, que chocou o Brasil há alguns meses, e afirma que um país que não pode confiar em suas estatísticas corre o risco de perder credibilidade, como na vizinha Argentina.

Os adversários da presidente-candidata criticaram o governo e o sucateamento do IBGE. A polêmica continua a ter consequências porque, ao contrário do presidente Lula que reduziu drasticamente a desigualdade, a tendência desde o início do governo de Dilma Rousseff, em 2011, é de estagnação, aponta o diário.

França está preocupada com ameaça jihadista

A França é alvo do grupo Estado Islâmico afirma Libération. O jornal informa que depois das ameaças dos extremistas de represálias pela participação francesa nos ataques aéreos contra o movimento extremista no Iraque, um grupo ligado à organização diz que vai executar nas próximas 24 horas um turista francês sequestrado no domingo na Argélia. Essas ameaças são levadas a sério pelo governo e significam que Paris entrou mesmo em guerra contra um “inimigo fanático, determinado e poderoso”.

Le Parisien diz que a mensagem contra a França do grupo Estado Islâmico é um concentrado de ódio. A questão agora é saber se essas ameaças podem se concretizar em atentados no solo francês. A França está mobilizada contra o terrorismo e não tem medo, destaca Le Figaro, citando o ministro do interior Bernard Cazeneuve.
 

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