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"Marina Silva: a pantera que ameaça Dilma Rousseff", diz Les Echos

Na semana passada, a candidata à presidência pelo PSB, Marina Silva, foi comparada pela imprensa francesa ao presidente americano, Barack Obama. Nesta segunda-feira (22), o jornal Les Echos chama Marina de "pantera" da corrida presidencial.

A candidata Marina Silva
A candidata Marina Silva REUTERS/Bruno Kelly
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Em uma matéria de página inteira, o jornal de tendência liberal diz que a ex-ministra do Meio Ambiente no governo Lula movimenta a campanha presidencial no Brasil com sua ascensão fulgurante. "Uma candidata muito determinada, muito engajada ao lado dos evangélicos" e capaz de empatar com a presidente Dilma Rousseff no segundo turno.

Les Echos conta a trajetória política de Marina desde os tempos de militância com Chico Mendes até a campanha presidencial de 2010. Lembra que o ex-presidente Lula, antes de passar à ofensiva nas últimas semanas, chamava Marina de "Pelé" de seu governo. Para o jornal francês, apesar da aparência frágil, Marina tem se mostrado agressiva e cortante nos debates na TV, levando a presidente Dilma Rousseff para uma posição de defesa.

Apesar do perfil elogioso, Les Echos considera o programa de governo de Marina vago, com vários pontos em aberto. Qual seria, por exemplo, sua política social, questiona Les Echos. O diário relata que Marina defende cortes nas despesas públicas, para liberar recursos para investimento, mas sem explicar como ela vai fazer isso se a folha de pagamento do funcionalismo e as aposentadorias constituem hoje a maior fatia das despesas do governo. O jornal conclui que a grande força de Marina é propor uma terceira via entre o PT e o PSDB, após duas décadas de governança desses partidos.

O retorno de Nicolas Sarkozy

Todos os jornais destacam em manchete o retorno de Nicolas Sarkozy à arena política. Ontem, o ex-presidente deu uma entrevista de 45 minutos no horário nobre para explicar aos franceses por que ele decidiu disputar a presidência de seu partido, a UMP. Foi a primeira vez que ele falou de política nacional na TV depois da derrota para François Hollande, em 2012. Na época, Sarkozy havia dito que abandonava a política. Mas, como notam jornais e revistas, "a paixão é mais forte do que ele".

Esse retorno, cercado de meias intenções, é logo desmistificado pelo Le Figaro, que afirma que Sarkozy voltou para lançar a batalha eleitoral de 2017. Para o Aujourd'hui en France, Sarkozy encarnou na entrevista seu melhor estilo boxeador, já que criticou duramente o presidente François Hollande.

Alguns comentaristas notam que a presença de Sarkozy na mídia poderá ser positiva para Hollande. De um lado, vai desviar a atenção dos fiascos dos políticos socialistas e, do outro, obrigar o ex-presidente a prestar contas de seu governo, que também foi fraco na área econômica.
 

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