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Imprensa francesa responsabiliza Putin pela queda de avião na Ucrânia

Os jornais franceses deste sábado, dia 19 de julho, discutem a responsabilidade pela queda do avião da Malaysia Airlines, na última quinta-feira, derrubado por um míssil quando sobrevoava a Ucrânia, quando fazia o trajeto Amsterdã-Kuala Lumpur. Le Figaro, Le Monde e Libération são unânimes em afirmar que o presidente russo, Vladimir Putin, é um dos grandes culpados pela tragédia.

Capa do jornal Libération deste sábado, dia 19 de julho.
Capa do jornal Libération deste sábado, dia 19 de julho. Liberation.fr
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O jornal Le Figaro escreve que, com as principais suspeitas do lançamento do míssil caindo sobre o movimento separatista pró-russo no leste da Ucrânia, todos os olhares se voltam para a Rússia. "Mas o Kremlin segue na defensiva", ressalta o diário.

"A guerra é a guerra, com seu lote de atos infelizes e inconsequentes", avalia. "Mas quando se recorre a soldados 'irregulares' os riscos são altos", avalia Le Figaro.

"Ato intencional ou 'erro de alvo', é preciso analisar as consequências desta catástrofe", diz o jornal sublinhando a incerteza em relação a um desfecho na região. "Resolução do conflito ou uma nova escalada das violências?", se pergunta, concluindo que são as mortes de inocentes que denotam o absurdo do conflito no leste da Ucrânia.

Inércia do governo russo

Em editorial intitulado "A inanidade da política do Kremlin", o jornal Le Monde critica a inércia do governo do presidente russo Vladimir Putin não só em relação à queda do avião, mas sobre sua participação na resolução do conflito com Kiev.

"A única coisa que podemos esperar neste momento é que esta tragédia force as duas partes a negociar", diz Le Monde. Mas, para o diário centrista, o maior problema é o que classifica como "a má fé do Kremlin", devido à sua maneira de "atiçar" o conflito, deixando suas fronteiras com a Ucrânia abertas e se recusando em dialogar com o movimento separatista.

Nacionalismo agressivo

Já para o jornal de esquerda Libération, embora ainda não se tenha a confirmação sobre quem lançou o míssil que abateu o vôo MH17, é impossível negar a responsabilidade de Putin no caso. Para o diário, a culpa da catástrofe é do nacionalismo agressivo russo, "alimentado pela violência de seu sonho grandioso de construir um império euro-asiático, mesmo que isso comprometa a paz na Europa".

Libération também acredita que é urgente que os países ocidentais se impliquem mais efetivamente a fim de encontrar uma saída para o conflito. “Quase 300 pessoas pagaram com suas vidas o preço da arrogância russa. Se as democracias não reagirem mais firmemente, haverá muito mais vítimas”, ressalta.

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