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África do Sul/Oscar Pistorius

Pistorius estava são quando matou namorada, afirmam psiquiatras

O processo do campeão paralímpico Oscar Pistorius, que matou a namorada a tiros, foi retomado hoje depois de mais de um mês de recesso para a avaliação psicológica do ex-atleta. Os quatro especialistas convocados para analisar Pistorius concluíram que ele não sofria de distúrbios mentais que pudessem atenuar sua responsabilidade penal.

Quando matou a namorada, o atleta sul-africano Oscar Pistorius "não sofria de nenhum distúrbio mental".
Quando matou a namorada, o atleta sul-africano Oscar Pistorius "não sofria de nenhum distúrbio mental". REUTERS/Phill Magakoe/Pool
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Os resultados dos testes, conduzidos de forma independente, foram apresentados em dois relatórios diferentes. Essa avaliação psicológica foi feita depois de a defesa afirmar que ele sofria de um transtorno de ansiedade generalizada, causado por uma infância complicada.

O advogado de Pistorius, Barry Roux, não comentou o resultado. Se os especialistas tivessem confirmado sua incapacidade mental, Pistorius poderia ser internado em um hospital psiquiátrico por período indeterminado.

Ataque de pânico

O ex-corredor de 27 anos enfrenta o júri em Pretória desde 3 de março pelo assassinato de Reeva Steenkamp, cometido em 14 de fevereiro de 2013. Apesar de assumir os disparos, Pistorius alega inocência. Ele teria percebido a presença de assaltantes em sua casa e, em um ataque de pânico, abriu fogo contra a porta do banheiro de seu quarto, onde estava a namorada.

Hoje, o juiz deve ouvir novas testemunhas convocadas pela defesa. Se considerado culpado de homicídio doloso - isto é, com intenção de matar -, Pistorius pode ser condenado à pena máxima prevista pela Justiça sul-africana, de 25 anos de prisão em regime fechado.

Egocentrismo

De acordo com a acusação, o esportista não vivia com medo permanente de insegurança ou roubos, como ele havia dito. Ao invés disso, ele teria desenvolvido uma personalidade instável e egocêntrica, com propensão a se ver como alguém acima da lei, que fugia constantemente de suas responsabilidades.

Pistorius conhecia Reeva Steenkamp havia três meses, quando a matou na madrugada do dia dos namorados. Em seu interrogatório, em abril, o ex-atleta afirmou ter cometido "um erro terrível" e insinou estar alterado quando descarregou sua pistola 9 milímetros contra a moça. "Não tinha a intenção de matar Reeva ou quem quer que fosse", afirmou.
 

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