Protestos atrapalham eleições legislativas na Tailândia
Manifestantes tentaram impedir hoje a votação das eleições legislativas antecipadas. A oposição rejeita o governo da premiê Yingluck Shinawatra e prometeu boicotar o pleito deste domingo (2).
Publicado em:
A premiê Yingluck Shinawatra lidera o partido que é favorito para ganhar as eleições. Na manhã de domingo, ela foi uma das primeiras pessoas a votar cercada por um forte esquema de segurança. No entanto pelo menos 10% das sessões eleitorais enfrentaram problemas na votação neste domingo, segundo a Comissão Eleitoral.
Em alguns pontos da capital Bangkok e do sul do país, bastião da oposição ao governo, eles tentaram impedir a distribuição das cédulas. Diante da obstrução dos locais de voto, a justiça eleitoral tailandesa anunciou que nenhum resultado, ainda que preliminar, será divulgado neste domingo.
A nova rodada das eleições para as pessoas que foram impedidas de votar neste domingo foi marcada para o próximo dia 23 de fevereiro. Até lá, nenhum resultado poderá ser divulgado. Estima-se que 440 mil eleitores não tenham conseguido votar hoje. O conflito nas eleições cria um quebra-cabeça na Tailândia. Se o governo não conseguir formar um novo Parlamento, o país poderá ficar paralisado politicamente.
Conflitos
Na véspera da eleição, manifestantes contrários e favoráveis ao governo de Yingluck Shinawatra travaram uma batalha nas ruas da capital. Em meios aos tiros e aos confrontos, várias pessoas ficaram feridas, o que aumentou o temor que as cenas se repetissem neste domingo.
A oposição é uma aliança formada pelos partidários do regime monárquico e eleitores cansados do “clã Shinawatra". A atual premiê é irmã de Thaksin Shinawatra, antigo primeiro-ministro deposto por um golpe de Estado em 2006. Segundo os opositores, porém, ele continua a governar por intermédio de Yingluck Shinawatra.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro