Ucrânia renuncia a acordo com a UE e à liberação de Timochenko
O parlamento ucraniano rejeitou nesta quinta-feira, dia 21 de novembro, projetos de lei que permitiriam à líder de oposição Iulia Timochenko a sair do país para receber tratamento médico. O governo também renunciou ao acordo de associação comercial proposto pela União Europeia antes da cúpula para a parceria que deveria ser realizada na próxima semana.
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De acordo com o presidente ucraniano Viktor Ianoukovitch, a liberação da ex-primeira-ministra é “impossível” e prevista pela legislação em vigor no país. A permissão para que a líder da oposição pudesse receber tratamento médico no exterior era uma condição imposta pelos europeus antes da cúpula prevista para os dias 28 e 29 de novembro em Vilnius.
Após a votação no parlamento que vetou a saída de Timotchenko da Ucrânia, os deputados da oposição fizeram um novo apelo para que Ianoukovitch libere a ex-primeira-ministra, como propõem os europeus. Timotchenko está na prisão desde 2011, hospitalizada há mais de um ano, e seu estado de saúde é considerado frágil.
Suspensão de acordo com a UE
Pela tarde, o primeiro-ministro Mykola Azarov assinou um decreto ordenando a suspensão do processo de preparação do acordo entre a Ucrânia e a UE. Os emissários europeus, Alexander Kwasniewski, ex-presidente da Polônia, e Pat Cox, ex-presidente do Parlamento Europeu, já estavam em Kiev para tentar avançar a questão, mas, diante da posição de Kiev, declararam que o acordo está suspenso e a missão de ambos no país foi cancelada.
De acordo com o governo ucraniano, a decisão foi tomada em prol da segurança nacional e com o objetivo de relançar as relações econômicas com a Rússia. O Kremlin sugeriu, na semana passada, uma cooperação econômica de dezenas de milhares de dólares, se Kiev renunciasse a associação com a UE. Caso contrário, a Rússia poderia renunciar às importações de produtos ucranianos.
A perspectiva de assinatura deste acordo fez com que UE e a Rússia travassem uma intensa disputa de influência nos últimos tempos. O governo ucraniano propõe, em contrapartida, uma tripla comissão sobre o comércio.
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