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Ucrânia/Eleições

Iúlia Timochenko faz greve de fome em protesto contra suposta fraude eleitoral

A opositora ucraniana Ioulia Timochenko começou uma greve de fome na prisão para protestar contra o que ela considera como uma "falsificação das eleições" legislativas deste domingo. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo seu advogado.

A opositora Iúlia Timochenko em dezembro de 2009, quando ainda era primeira-ministra da Ucrânia.
A opositora Iúlia Timochenko em dezembro de 2009, quando ainda era primeira-ministra da Ucrânia. Flickr/European People's Party - EPP
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"Começo uma greve de fome em sinal de protesto contra a falsificação das eleições", anunciou Iúlia Timochenko em uma declaração lida por seu advogado, o deputado Sergui Vlassenko. A aliança incluindo o partido de Timochenko chegou em segundo lugar, atrás do partido atualmente no poder.

A ex-primeira-ministra ucraniana já informou oficialmente as autoridades carcerárias que parou de comer na segunda-feira e agora bebe somente água, explicou seu advogado na saída do hospital de Kharkiv (leste do país) onde Iúlia Timochenko, condenada a sete anos de prisão por abuso de poder, se encontra desde maio devido a hérnias de disco.

Ela já havia realizado uma greve de fome de três semanas na última primavera europeia para protestar contra as violências que afirma ter sofrido na prisão.

Ainda nesta segunda-feira, os observadores da Organização para a segurança e a cooperação na Europa (OSCE) criticaram em Kiev as eleições ucranianas, considerando que elas haviam marcado um recuo da democracia nesta antiga república soviética.

"Levando em conta os abusos de poder e o papel excessivo do dinheiro nessa eleição, parece que os progressos democráticos que haviam sido observados estão regredindo na Ucrânia", declarou uma representante da OSCE, Walburga Habsburg Douglas, em um comunicado.

Deputados

A Ucrânia elegeu neste domingo os 450 deputados de seu Parlamento após uma campanha marcada pela ausência de Iúlia Timochenko, presa desde agosto de 2011. Os dados disponíveis ainda não permitem dizer se o partido no poder terá maioria no novo Parlamento.

Essas foram as primeiras grandes eleições organizadas desde que o presidente Viktor Ianoukovitch chegou ao poder em 2010. Elas foram acompanhadas de perto pelos países ocidentais, preocupados com a regressão da democracia na Ucrânia.

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