Prefeito de Roma vai acolher sobreviventes de Lampedusa
Emocionados com o drama dos imigrantes naufragados na Ilha de Lampedusa, entre a Sicília e a Tunísia, diversos políticos da Itália se manifestaram nesta sexta-feira, dia de luto nacional decretado pelo governo em homenagem às vítimas da tragédia. Mais uma vez as autoridades italianas protestaram contra a falta de apoio para esse drama humano que se repete de forma contínua.
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Nesta sexta-feira, dia de luto nacional decretado pelo governo, Lampedusa e toda a Itália lamentaram a triste sorte dos imigrantes que deixaram a Líbia em busca de uma vida melhor. No fim da tarde, mil habitantes da ilha prestaram uma homenagem emocionante às vítimas durante uma marcha silenciosa e as lojas permaneceram fechadas. Um minuto de silêncio foi observado em todo o país.
Em um gesto inédito, o prefeito de Roma, Ignazio Marino, de esquerda, anunciou que os 155 sobreviventes serão acolhidos na capital "em nome da rebelião contra a resignação e a indiferença." O primeiro-ministro Enrico Letta anunciou que as vítimas receberão a nacionalidade italiana, falando de "vergonha" e pedindo à Europa para aumentar seu nível de intervenção. Diversos prefeitos também ofereceram os cemitérios de suas cidades para os imigrantes terem uma última morada decente.
Buscas
As equipes de salvamento que trabalham atualmente na busca de corpos foram obrigadas a suspender as operações nesta sexta-feira devido às más condições meteorológicas. Dos 450 passageiros, apenas 155 se salvaram e até agora 111 corpos foram resgatados; outras 300 pessoas ainda devem estar presas na carcaça do barco que repousa a 40 metros de profundidade.
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