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EUA/Síria

EUA preparam intervenção na Síria

Uma intervenção militar americana na Síria parece ser uma possibilidade cada vez mais palpável. Assim como fez na Líbia, em 2011, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama só precisa do aval do Congresso para bombardear a Síria. "O Governo consulta ativamente os membros do Congresso e nós continuaremos estas conversas nos próximos dias", declarou nesta segunda-feira o secretário de Estado John Kerry, dando a entender que ela pode acontecer em breve. Ele também afirmou que é "inegável" que houve um ataque com armas químicas na periferia de Damasco, na semana passada.

Em coletiva de imprensa, secretário de Estado norte-americano John Kerry diz que ataque com armas químicas em Damasco é "inegável"
Em coletiva de imprensa, secretário de Estado norte-americano John Kerry diz que ataque com armas químicas em Damasco é "inegável" REUTERS/Gary Cameron
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No entanto, um porta-voz do presidente repúblicano da Câmara de representantes, John Boehner, indicou imediatamente depois da declaração que o órgão não foi consultado pelo executivo. Em 1973, depois da guerra do Vietnã, o Congresso americano votou a War Powers Resolution, apesar da oposição do então presidente Richard Nixon.

A resolução dita que o chefe do executivo precisa consultar o Congresso para enviar tropas em caso de "ameaça" ou "ameaça iminente". Dada a autorização, o envio deve acontecer depois de 60 dias. Todos os presidentes depois de Nixon, no entanto, julgaram a cláusula inconstitucional e se contentaram em simplesmente informar o Congresso.

Foi exatamente o que fez Obama em março de 2011, quando lançou ataques aéreos contra as tropas do então presidente líbio Muammar Kadhafi, respaldando-se em uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas. À época, os representantes julgaram que as forças de Kadhafi não se enquadravam nas "ameaças" listadas pela lei de 1973.

O Congresso então se dividiu entre aqueles que queriam uma lei que cessasse a intervenção na Líbia e os que queriam autorizá-la formalmente. Em março de 1999, os congressistas também não tiveram voz sobre a campanha militar de Bill Clinton no Kosovo.

"Eles não precisam de autorização, mas espero que peçam", declarou nesta segunda-feira Bob Corker, influente senador republicano ao canal MSNBC. "Eles podem começar, mas espero que ao fim das férias, o Congresso vote a autorização". De acordo com ele, "uma resposta é iminente" e "nossos meios militares estão a postos". O calendário favorece Obabam em caso de polêmica sobre o ataque, já que os congressistas estão em recesso até o dia 9 de setembro.
 

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