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Síria/conflito

Intervenção na Síria pode acontecer sem aval da ONU, diz chanceler britânico

Os especialistas da ONU começam nesta segunda-feira a investigação sobre o suposto uso de armas químicas pelo exército sírio nos arredores de Damasco na quarta-feira da semana passada. Um fotógrafo da Agência AFP viu a missão da ONU deixar o hotel em cinco carros com batedores de segurança do regime. Destino: a região de Goutha, onde aconteceu o massacre. A Grã-Bretanha estima que uma intervenção militar na Síria poderia acontecer mesmo sem o aval da ONU.

Veículos transportando especialistas da ONU em armas químicas chegam à região onde ocorreu ataque com gás venenoso nesta segunda-feira, 26 de agosto de 2013.
Veículos transportando especialistas da ONU em armas químicas chegam à região onde ocorreu ataque com gás venenoso nesta segunda-feira, 26 de agosto de 2013. REUTERS/Khaled al-Hariri
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Os especialistas da ONU travam uma batalha contra o tempo na busca de indícios que provem o uso de armas químicas no massacre. Cada hora conta, disse hoje o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, insistindo que o que parece ter sido um grave crime contra a humanidade não pode ficar impune.

O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, declarou que diante do bloqueio da Rússia no Conselho de Segurança, é possível imaginar uma intervenção militar na Síria sem a autorização da ONU. Para isso, os ocidentais podem contar com a Turquia, que sinalizou hoje estar disposta a integrar uma coalizão internacional.

Os Estados Unidos e os aliados europeus praticamente não têm dúvidas de que o regime sírio esteja por trás do ataque e ainda alegam que o governo de Damasco teve tempo suficiente para destruir as provas, com novos bombardeios desde quarta-feira e outras ações deliberadas na região.

Hoje o chanceler alemão, Guido Westerwelle, também disse que seu país aprovaria uma eventual ação internacional caso o uso de armas químicas for confirmado.

Mas em uma entrevista publicada hoje na imprensa russa, o presidente sírio, Bashar al-Assad, disse que as acusações dos ocidentais são "absurdas" e uma intervenção militar americana no país está destinada ao fracasso. A Rússia, aliada incondicional do regime sírio, foi mais longe, qualificando uma possível ação militar ocidental de erro trágico.

O governo francês informou que todas as opções estão sobre a mesa e uma decisão será tomada nos próximos dias.

Inspetores da ONU chegam nesta segunda-feira ao local do ataque

Os inspetores da ONU chegam hoje ao local onde teria ocorrido o ataque sírio perto de Damasco. Eles foram vistos a bordo de um comboio de cinco carros, escoltados pelos serviços de segurança sírios, e também devem investigar um outro ataque na região de Ghouta.

A missão é composta de cerca de 10 inspetores e chegou no dia 18 ao país. O comando da operação está a cargo do sueco Aake Sellström.
 

 

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