A violência no Egito deu uma trégua nos últimos dias, após uma semana violenta na qual cerca de 850 pessoas morreram, em confrontos iniciados com a ação das forças de segurança contra milhares de manifestantes do presidente deposto, Mohamed Mursi.Hugo Bachega, correspondente da RFI no Cairo, explica que o cenário ainda é incerto no país, com a possibilidade de mais violência diante da ofensiva do governo interino, apoiado pelos militares, contra lideranças da Irmandade Muçulmana e a possibilidade do ex-presidente Hosni Mubarak ser libertado da prisão.Hugo também observa que está havendo uma rejeição do governo contra a imprensa estrangeira; ofensivas e críticas se intensificaram nos últimos dias. Diversas autoridades vieram a público para criticar a mídia internacional, acusando-a de tomar partido a favor dos islamitas e não entender a real situação do país. Vários jornalistas relataram dificuldade de credenciamento, além de equipamentos de trabalho e de segurança estarem sendo barrados na entrada ao Egito. Por outro lado, os partidários de Mursi alegam que jornalistas tomaram a versão do governo, ao não reportar da maneira que eles acham adequada a repressão e as mortes causadas pelo que chamam de governo militar.No meio de tudo isso estão os repórteres, que cada vez mais sofrem assédios de civis enfurecidos nas ruas, são agredidos e detidos, numa situação delicada para a imprensa trabalhar.
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