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Fato em Foco

Primeira viagem do papa é carregada de simbolismos

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O papa Francisco vai realizar hoje o seu primeiro deslocamento fora de Roma desde que assumiu o cargo, em março. Em mais um sinal de que deseja reaproximar a igreja católica das populações mais vulneráveis, o destino escolhido foi ilha de Lampedusa, no extremo sul da Itália. A cidade é a porta de entrada de milhares de imigrantes africanos na Europa, o ponto final da travessia desumana do mar Mediterrâneo em barcos precários e superlotados, e que com frequência termina em tragédia em alto mar.

Papa escolheu a ilha de Lampedusa, no sul da Itália, para a sua primeira viagem.
Papa escolheu a ilha de Lampedusa, no sul da Itália, para a sua primeira viagem. Reuters
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Para teólogos, a viagem do pontífice está cercada por simbolismos. O primeiro deles é indicar para a Europa que os imigrantes precisam ser tratados de uma maneira mais humana, como destaca o professor de Teologia da PUC Rio, Fernando Carneiro de Andrade.

O pontífice deve lançar uma coroa de flores ao mar em memória dos muitos imigrantes que se afogaram na travessia, vai se reunir com representantes dos africanos e celebrar uma missa para eles e os moradores da ilha. Ele vai ser presenteado com uma cruz fabricada com a madeira das embarcações utilizadas para levar os homens, mulheres e crianças do norte africano até Lampedusa.

Jesuíta como o papa Fracisco, o padre João Batista Libanio acha que o pontífice quis ouvir de perto uma população marginalizada nos países desenvolvidos, e disse que a lembrança dos navios negreiros repletos de escravos é inevitável.

Para o Frei Luiz Carlos Susin, professor da PUC do Rio Grande do Sul, a postura mais próxima do povo adotada pelo papa pode aumentar a simpatia pela igreja católica. Mas também pode irritar os setores mais conservadores da sociedade.

João Libanio, professor da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, espera que em sua primeira visita internacional, ao Brasil a partir de 23 de julho, o papa também dê prioridade aos pobres.

Entre moradores, imigrantes e turistas, são esperadas de 12 a 15 mil pessoas para esta primeira viagem do papa. A população da ilha é de 6 mil pessoas.

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