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Turquia/Protestos

Autópsia de manifestante morto na Turquia não confirma ferimento a bala

O primeiro relatório de autópsia do jovem morto ontem em Hatay, sul da Turquia, durante uma manifestação desmentiu a hipótese de a vítima ter morrido por ferimentos a bala.

Confrontos nos bairros de Besiktas e Taksim em Istambul na noite de 3 de junho de 2013.it du 3 au 4 juin 2013.
Confrontos nos bairros de Besiktas e Taksim em Istambul na noite de 3 de junho de 2013.it du 3 au 4 juin 2013. AFP PHOTO/BULENT KILIC
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A primeira conclusão das autoridades turcas indicava que Abdullah Comert, de 22 anos, morreu no hospital após ter sido gravemente ferido “por tiros disparados por uma pessoa não identificada”. Mas um comunicado oficial do governo turco informou : « A autópsia não revelou nenhum ponto de entrada ou saída de bala de uma arma de fogo nem de lesão dos tecidos cerebrais”, diz o texto. Os legistas, porém, encontraram uma fratura do crânio de cerca de 3 cm, mas não conseguiram identificar a causa.

A morte do manifestante é a segunda provocada durante a onda de protestos contra o governo desencadeadas na semana passada. Segundo um parlamentar ligado ao principal partido de oposição, Hasan Akgol, citado pela rede de televisão NTV, Comert era membro da seção de Jovens do Partido Republicano do (CHP).

A noite de segunda-feira foi novamente marcada pelos protestos na Turquia contra os abusos de poder e o estilo autoritário do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan. O objetivo inicial dos jovens era pressionar o governo a recuar sobre um projeto de remodelação urbanística que prevê destruição de um parque para a construção de um shopping center e a reconstrução de um quartel militar do século 18.

O movimento agora se estende também para outros segmentos da sociedade. O Kesk (Confederação dos Sindicatos do Setor Público), uma central sindical que reúne 240 mil membros, convocou estudantes e professores a se juntarem ao movimento. “Esperamos que muitas pessoas venham amanhã [quarta-feira] porque outros sindicatos também convocaram seus membros”, declarou Baki Cinar, porta-voz do Kesk. A Disk, principal central sindical turca, informou que irá aderir à greve amanhã.

 

 

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