EUA afirmam que Síria utilizou armas químicas durante conflito
Os Estados Unidos reconheceram pela primeira vez que o regime de Bashar al-Assad provavelmente utilizou armas químicas durante o conflito que já dura mais de dois anos na Síria. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
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O governo americano suspeita que o regime de Damasco tenha usado armas químicas ao menos duas vezes, mas desconhece quais substâncias tóxicas foram empregadas e contra que alvos. A Casa Branca ressaltou, no entanto, que as investigações feitas para apurar o caso ainda não foram formalmente concluídas.
A palavra de ordem é cautela, mas a desconfiança já foi suficiente para que as Nações Unidas voltassem a insistir na entrada de observadores na Síria. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez ontem um "apelo urgente" para que a Síria permita a entrada de investigadores no país. Mas o regime sírio quer que a ONU investigue apenas as denúncias de Damasco de uso de armas químicas por parte dos rebeldes.
O presidente americano, Barack Obama, advertiu diversas vezes o regime de Damasco que seria um erro grave recorrer a armas químicas. Em visita em Israel no final de março, ele afirmou que a estratégia seria "um erro trágico" que poderia "mudar as regras do jogo".
Longe das negociações diplomáticas, o conflito entre os rebeldes e o governo se intensifica. Ontem, 130 pessoas morreram, sendo 53 civis, 50 rebeldes e 27 soldados. Hoje, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, um violento combate foi travado nos arredores da capital Damasco.
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