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Síria/Crise

Março foi o mês com mais mortes na Síria em dois anos de conflito

Seis mil pessoas mortas em trinta dias, sendo que um terço das vítimas eram civis. Este foi o dramático balanço divulgado nesta segunda-feira, 1° de abril, pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que afirma que este foi o mês mais sangrento da história do conflito desde março de 2011.

Ataque das forças do presidente sírio Bachar al-Assad no bairro de Houla, perto de Homs , neste 1° de abril de 2013.
Ataque das forças do presidente sírio Bachar al-Assad no bairro de Houla, perto de Homs , neste 1° de abril de 2013. Reuters//Maysara Al-Masri/Shaam News Network/Handout
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Sediado em Londres, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos possui uma rede de informantes na Síria que contam metodicamente as vítimas dos dois campos desde o começo da rebelião há dois anos.

O Observatório confirmou até hoje  62.554 mortes, mas seu presidente, Rami Abdelrahman, afirma que o número real é muito maior, não tendo incluído cerca de 120 mil pessoas: "Quando ainda temos dúvida, não contabilizamos em nossos balanços oficiais", ele explica.

Como já ocorreu no mês de fevereiro, um terço dos mortos em março são civis, entre eles, cerca de 300 crianças. Desde o começo da rebelião popular na Síria, 4.390 crianças perderam a vida. Já a ONU projeta o número total de vítimas fatais em um nível superior, mais de 70 mil.

O Observatório avalia em 12 mil o número de milicianos mortos, mas eles não foram incluídos neste último balanço oficial. Ignora-se também quantos foram mortos na prisão pelas forças fiéis a Bachar al-Assad; desde as primeiras manifestações, milhares de opositores foram encarcerados e desapareceram. O mesmo vale para os soldados do exército sírio capturados pelos opositores, estimados igualmente em milhares de homens.

A ONG não pôde determinar igualmente a identidade de 2.250 rebeldes abatidos durante os confrontos, certamente estrangeiros que vieram participar da chamada "Guerra Santa", Djihad, ao lado dos opositores islamitas.

 

 

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