3 mil policiais farão a segurança do encontro de líderes do Brics
O bairro onde acontece a partir de terça-feira a 5ª Cúpula de Líderes do Brics, em Durban, está blindado por um dispositivo excepcional de segurança composto de 3 mil homens, entre eles uma centena de soldados e 500 agentes de segurança do metrô. É uma mulher que comanda essa operação: a comissária nacional da polícia sul-africana, Riah Phiyega.
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Adriana Moysés, em Durban
Phiyega tem demonstrado ansiedade nos últimos dias. Além da responsabilidade de proteger os líderes do Brics e os 5 mil visitantes estrangeiros, ela está sob forte pressão da mídia sul-africana, que está atenta ao menor deslize da corporação após repetidos incidentes de abusos e brutalidade de policiais.
A África do Sul ainda está digerindo a morte de um taxista moçambicano, Emidio Macia, vítima de violência policial no final de fevereiro. Ele foi arrastado por um carro da polícia até morrer. O homem era casado e tinha uma filha de 4 anos. A cena dramática foi filmada e o vídeo postado na internet. Oito policiais foram demitidos.
É provável que manifestantes façam protestos nas proximidades do International Convention Centre (ICC) de Durban, onde os líderes do Brics vão se reunir. A incógnita é como a polícia sul-africana vai reagir.
Em todo caso, para que nada falte aos participantes da cúpula, o ICC, que tem capacidade para receber 5.200 pessoas, estocou 6,5 mil garrafas de água, 6 mil latas de refrigerante, 400 litros de suco e 850 garrafas de vinho. As refeições oferecidas às delegações terão pratos à base de camarão, frango e carneiro. Distúrbios podem acontecer do lado de fora. Dentro do ICC, todos estarão bem servidos.
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