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Chipre

Parlamento do Chipre adia votação de pacote de ajuda europeu e do FMI

As autoridades cipriotas e os credores internacionais do país estão reunidos para tentar aparar as arestas do acordo anunciado no final de semana e adiaram para amanhã a votação do projeto. Em troca de uma ajuda de 10 bilhões de euros (R$ 25 bilhões), os ministros das Finanças da zona do euro exigem cobrança de impostos em depósitos bancários. A medida é impopular e desagrada também os parlamentares cipriotas.

O presidente cipriota, Nicos Anastasiades (centro) chega ao Parlamento em Nicósia.
O presidente cipriota, Nicos Anastasiades (centro) chega ao Parlamento em Nicósia. REUTERS/Yiannis Nissiotis
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Segundo o acordo anunciado no sábado, os correntistas que tiverem depósitos superiores a 100 mil euros (R$ 255 mil) terão que pagar um imposto de quase 10%, e abaixo deste valor, 6,75%. Com as negociações de hoje, o governo cipriota tenta diminuir o impacto das medidas para os pequenos correntistas.

A retenção parcial dos depósitos bancários desencadeou críticas e pânico entre correntistas, muitos deles não-residentes no país. Houve corrida aos caixas eletrônicos para retirada de dinheiro. Ontem à noite, o presidente cipriota, Nicos Anastasiades, foi à televisão defender o acordo para salvar a economia cipriota e disse que foi a solução "menos dolorosa".

Além da taxação das contas bancárias, o acordo também prevê um aumento de impostos para as empresas instaladas no país, que passarão de 10% para 12%. O conjunto de medidas tem o objetivo de aumentar a arrecadação cipriota, mas também visa a melhor controlar a atividade de fundos internacionais, sobretudo russos, que usam a ilha como paraíso fiscal.

Reações

O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a taxação dos depósitos bancários é "injusta" e "perigosa". Vários analistas estimam que haja pelo menos 20 bilhões de euros (R$ 51 bilhões) russos depositados em bancos cipriotas. O polêmico plano de resgate ao Chipre também provoca incertezas na zona do euro com um reflexo imediato nas bolsas.

Na Europa, as bolsas operam no vermelho. A maior queda foi registrada em Madri  (2,45%). Em Paris, o índice CAC 40 registra menos 2% , Frankfurt e Londres também apresentaram quedas acima de 1,5%. As principais bolsas asiáticas terminaram o dia em forte queda: Tóquio 2,71% e Hong Kong 2%.

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