Republicanos vetam nomeação de Hagel para direção do Pentágono
Os senadores republicanos conseguiram bloquear temporariamente a nomeação de Chuck Hagel para o cargo de secretário de Defesa dos Estados Unidos. A escolha do novo chefe do Pentágono divide a classe política do país. O candidato precisava do apoio de pelos menos 60 dos 100 senadores, mas obteve apenas 58 votos. O resultado dessa quinta-feira provoca um atraso de pelo menos dez dias no processo.
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A nomeação de Chuck Hagel para a direção do Pentágono deveria ser validada por pelo menos 60 dos 100 senadores, o que significa que além dos 55 democratas, ele teria que conquistar pelos menos cinco republicanos, abertamente contrários à sua indicação. Mas após um primeiro voto, antecipado para essa quinta-feira, apenas 58 representantes apoiaram o candidato e 40 se manifestaram contra. “Essa é a primeira vez na história de nosso país que um secretário da Defesa nomeado pelo presidente é alvo de uma obstrução, isso é uma vergonha”, declarou o chefe da maioria democrata no Senado, Harry Reid.
A presidência criticou a tentativa de bloqueio dos republicanos contra o candidato. O porta-voz da Casa Branca, Joshua Earnest, chegou a alertar que se o grupo continuar resistindo, Hagel não poderá participar da reunião da Otan sobre a retirada dos soldados norte-americanos do Afeganistão, realizada na semana que vem em Bruxelas. “Precisamos que o nosso novo secretário da Defesa esteja presente”, disse ele. Com o resultado do voto dessa quinta-feira, a transferência do cargo terá um atraso de pelo menos dez dias.
Hagel já avisou que não pretende retirar sua candidatura. Em uma entrevista à imprensa local, seu porta-voz disse que “ele pode ser derrotado, mas não vai desistir”. O candidato indicado por Obama é criticado pelos republicanos por sua suposta falta de solidariedade com os israelenses e por minimizar os riscos representados pelo Irã. Durante sua audiência parlamentar no final de janeiro ele tentou provar o contrário e chegou a se desculpar por certas declarações que fez no passado.
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