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COREIA DO NORTE

Brasília expressa 'preocupação' com teste nuclear norte-coreano

O governo brasileiro tomou conhecimento "com preocupação" do novo teste nuclear realizado hoje pela Coreia do Norte. Em nota oficial, o Itamaraty "conclama a República Popular Democrática da Coreia a cumprir plenamente as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança da ONU e contribuir ativamente para criar as condições necessárias à retomada das negociações relativas à paz e segurança na península". 

Policial controla o tráfego em rua deserta de Pyongyang.
Policial controla o tráfego em rua deserta de Pyongyang. hemis.fr / AFP
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Na manhã desta terça-feira, a Coreia do Norte anunciou ter realizado com sucesso um teste nuclear subterrâneo. A bomba miniatura teria produzido uma explosão de 6 a 7 quilotons, ou seja, a metade da potência da bomba de Hiroshima. O Conselho de Segurança da ONU se reúne em Nova York em caráter de emergência para discutir uma resposta rápida e firme contra mais essa "provocação do regime de Pyongyang".

Apesar dos constantes alertas, o regime de Pyongyang desafia as potências mundiais e anuncia ter realizado com sucesso seu terceiro teste nuclear. O anúncio da agência de imprensa oficial norte-coreana KCNA foi feito pela televisão. "Fizemos um teste nuclear de alto nível, com uma bomba miniatura de forte potência explosiva", disse o porta-voz da agência.

A explosão subterrânea foi sentida nas províncias chinesas vizinhas quando eram 11h57 em Seul, 0h57 em Brasília. O Exército da Coreia do Sul identificou o epicentro do teste no campo de Punggye-ri, situado na região nordeste do país. Pelas primeiras avaliações técnicas, a bomba miniatura produziu uma explosão de 6 a 7 quilotons, ou seja, a metade da potência da bomba de Hiroshima. Ainda não se sabe se a bomba foi fabricada com plutônio ou urânio, mas se esses números forem confirmados, o teste desta terça-feira é mais bem-sucedido que os dois anteriores, realizados em 2006 e 2009, de potência inferior.

O Conselho de Segurança da ONU vai se reunir em Nova York para analisar as consequências deste novo teste nuclear da Coreia do Norte. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, considerou o exercício "extremamente desestabilizador" e uma violação das resoluções da ONU.

União Europeia denuncia "desafio ao regime de não-proliferação"

A notícia desencadeou uma onda de condenações dos líderes mundiais e eleva o nível de tensão na península coreana.

O presidente americano Barack Obama disse que o teste foi uma provocação que exige resposta rápida e crível da comunidade internacional, por ameaçar a paz e a segurança mundiais. O ministro da Defesa Leon Panetta declarou que a Coreia do Norte é uma séria ameaça à segurança dos Estados Unidos, que deve estar preparado para enfrentá-la.

Os governos da Coreia do Sul e do Japão fizeram reuniões de emergência, expressando a mesma condenação.

A União Europeia promete uma "resposta firme a este flagrante delito". Na mesma linha de condenações, a OTAN classificou o teste nuclear norte-coreano de "ato irresponsável". Os governos da França, do Reino Unido e da Rússia também reprovaram a atitude do regime norte-coreano.

Sem usar a palavra condenação, a China, principal aliada de Pyongyang, que havia inclusive pedido a suspensão do teste, manifestou sua "firme oposição".

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