A Argélia não fez por menos. As forças especiais do Exército argelino entraram de sola na refinaria de gás de In Amenas ocupada por terroristas islâmicos, matando boa parte dos seqüestradores e provocando a morte de mais de quarenta reféns de várias nacionalidades européias, asiáticas, africanas. Um verdadeiro massacre que lembra as terríveis matanças de aldeias inteiras durante a guerra civil argelina dos anos 1990 que só acabou depois de 200.000 mortos. Apesar da violência indiscriminada utilizada por Argel, a França não hesitou em limpar a barra das autoridades argelinas declarando que de qualquer maneira “não havia outro jeito”. Mas é verdade que depois da intervenção militar francesa no Mali vizinho, Paris precisa – e muito – da boa vontade e da cooperação de Argel. A capacidade da Argélia, estado autoritário e maior potência regional, de criar problemas para as forças francesas e africanas no território malinês é quase infinita.”Ouça a crônica de política internacional de Alfredo Valladão.
