Entidades se mobilizam para evitar demolição de antigo Museu do Índio
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Entidades e o Ministério Público Federal se mobilizam para tentar impedir a demolição do antigo Museu do Índio, nas proximidades do estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. No local, onde vivem cerca de 60 indígenas em condições precárias, a prefeitura e o governo do Estado pretendem construir um shopping e um estacionamento.
Hoje, o Ministério Público Federal entrou com um recurso na Justiça para barrar o projeto, que integra as obras previstas para a Copa do Mundo de 2014. Os governos carioca e fluminense consideram que as obras são importantes para a revitalização da região, que vai receber milhares de visitantes para os jogos de futebol.
A procuradoria quer o respeito à proibição de demolição, obtida pela Defensoria Pública da União. Índios, ativistas e defensores do patrimônio histórico prometem não permitir a demolição do imóvel, construído em 1862 e que até hoje não foi tombado. Telmo Padilha César, presidente da Associação Defender, de proteção do patrimórico, está promovendo um abaixo-assinado contra o projeto para levar, nos próximos dias, à cúpula dos governos municipal e estadual do Rio de Janeiro.
No último sábado, o batalhão de choque da Polícia Militar cercou o prédio à espera de uma ordem judicial para despejar as 23 famílias que moram no local há pelo menos sete anos, uma comunidade que ficou conhecida como aldeia Maracanã. O mandado acabou não sendo emitido e a polícia se desmobilizou, mas a tensão permanece nesta semana.
Gustavo Mehl, do Comitê Popular Rio Copa e Olimpíadas, denuncia que interesses políticos e privados estão se sobressaindo aos públicos nesta transação.
Ao governo do Estado, que não está concedendo entrevistas sobre o assunto, resta a alternativa de recorrer da decisão do Tribunal Regional Federal.
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