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Rússia/Repressão

Polícia prende líderes do movimento anti-Putin em Moscou

Cerca de quarenta opositores - entre eles, os líderes Alexei Navalny e Serguei Udaltsov - foram presos pela polícia russa neste sábado, sob gritos de "vergonha". Eles participavam das manifestações em comemoração ao aniversário de um ano do movimento de contestação contra o presidente Vladimir Putin. De acordo com a polícia, cerca de 700 pessoas (mil, segundo jornalistas) ocuparam os arredores da praça Lubianka, em Moscou, onde ficam as sedes dos serviços de segurança russos.

Opositor Alexei Navalny, com as mãos para cima, é preso pela polícia na praça Lubianka
Opositor Alexei Navalny, com as mãos para cima, é preso pela polícia na praça Lubianka REUTERS/Stringer
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"É uma tradição, um tweet que não tem nada de original, publicado de dentro do camburão", escreveu no Twitter o advogado e blogueiro anticorrupção Alexei Navalny, em referência a outras manifestações nas quais também foi detido. "Tiraram-me do meio da multidão, é um completo absurdo", escreveu.

Udaltsov, líder da Frente de Esquerda, foi preso depois de depositar flores diante do monumento do Solovki - em memória às vítimas do stalinismo - perto da praça Lubianka. "Pus as flores, expliquei porque vim aqui, não fiz nenhuma objeção, mas me prenderam mesmo assim, sem razão nenhuma", declarou à agência de notícias Ria Novotsi.

Além destes dois, também foram levados pela polícia o dirigente do movimento opositor liberal, Solidarnost Ilia Iachine e uma famosa apresentadora de televisão, Ksenia Sobtchak. No Twitter, ela declarou: "Diriam que eu sou uma bandida perigosa".

Apesar do frio de 15 graus negativos e de um impressionante efetivo policial, que bloqueava com furgões todo o acesso ao centro da praça e monitorava o movimento com helicópteros, os opositores mantiveram o protesto. Inicialmente, a ideia era que o movimento acontecesse no centro de Moscou, mas a prefeitura recusou o itinerário apresentado pela organização.

Manifestações também aconteceram em outras cidades, como São Petesburgo e Perm. Na primeira, a polícia declarou ter preso 20 pessoas, mas fontes da oposição dizem ter sido ao menos dez a mais do que isso. Na segunda, cerca de 130 pessoas participaram da marcha, que transcorreu sem incidentes.

 

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