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O Mundo Agora

Vitória de Chávez foi bom negócio para a oposição

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“As eleições venezuelanas foram paradoxais. Não há dúvida de que o voto foi democrático e até exemplar, com uma impressionante participação de eleitores e uma oposição que reconheceu imediatamente o resultado. Mas também não há dúvida de que o processo eleitoral teve pouco a ver com a democracia. Chávez e o chavismo controlam a mídia audiovisual, que é a que conta neste tipo de campanha: cada vez que o adversário fazia um grande comício, o coronel presidente convocava uma cadeia de rádios e televisões para que ele próprio pudesse falar durante horas. Para cada minuto de televisão de Enrique Capriles, Hugo Chávez tinha cinqüenta. O uso da máquina estatal e do dinheiro do petróleo foi amplo geral e irrestrito...É muito possível que a honrosa derrota da oposição tenha sido um bom negócio para ela própria. Com todos os instrumentos do Estado nas mãos do chavismo teria sido quase impossível governar. A oposição, se ela conseguir manter-se unida, vai ter que conquistar uma poderosa base institucional para que um futuro presidente Capriles possa exercer alguma autoridade para aplicar o seu programa. Em dezembro haverá eleições para governador e os legislativos estaduais e, em abril de 2013, as eleições municipais. São ótimas ocasiões para os opositores fortalecerem suas posições.”Ouça a crônica de política internacional de Alfredo Valladão. 

Hugo Chávez é reeleito para o quarto mandato
Hugo Chávez é reeleito para o quarto mandato REUTERS/Jorge Silva
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