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Para Libération, julgamento do Mensalão indica "reforço das instituições" no Brasil

Em um texto intitulado "A corrupção caminha sobre o pedestal de Lula", Libération explica aos seus leitores o que está em jogo no julgamento do caso Mensalão, descrito como "histórico". O jornal progressista afirma que embora nada prove seu envolvimento, "a sombra de Lula paira sobre esse julgamento".

Capa do jornal Libération desta sexta-feira.
Capa do jornal Libération desta sexta-feira. RFI
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"Ainda muito popular, ele é o homem que a oposição quer derrubar. Sempre ativo nos bastidores, o ex-presidente teria tentado pressionar um dos juízes da Suprema Corte para obter o adiamento do julgamento, que coincide com a campanha para as eleições municipais de outubro. Isso porque um veredito desfavorável poderia acabar com as chances do PT. Já a presidente Dilma Rousseff parece mais serena. Seu nome não está envolvido no escândalo. Além disso, ela ganhou popularidade ao demitir vários ministros acusados de corrupção", analisa a correspondente em São Paulo, Chantal Rayes.

O texto termina apontando que a simples realização desse julgamento já indica um "reforço das instituições em um país onde a corrupção permanece geralmente impune".

Pussy Riot

Libération dedica sua manchete a um outro julgamento, o das três jovens cantoras russas do grupo punk Pussy Riot, que correm o risco de pegar sete anos de prisão por terem criticado Vladimir Putin e a igreja ortodoxa durante uma performance artística em fevereiro.

O jornal acusa o presidente russo de tratar seus opositores como a antiga União Soviética tratava seus dissidentes. "Já está mais do que na hora de as democracias assumirem uma posição contra Putin, um autocrata que evidentemente não compartilha nenhum dos valores delas", conclui o editorial de Libération.

35 horas

Le Figaro destaca em sua manchete o projeto de lei apresentado pela direita para suprimir a semana de trabalho de 35 horas. Em seu editorial, o diário conservador afirma que esse "tabu" da esquerda é um verdadeiro "horror econômico".

Para Le Figaro, a redução do tempo de trabalho, introduzida pelo governo socialista no ano 2000 com o objetivo de estimular a criação de empregos, não teve o efeito esperado. Além disso, essa reforma teria freado o aumento dos salários, reduzido a competitividade da França e custado mais de 20 bilhões de euros ao Estado.
 

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