Esquartejador deve ser extraditado para o Canadá

O canadense ator de filmes pornô Luka Rocco Magnotta, detido na segunda-feira em Berlim, suspeito de matar e esquartejar o estudante chinês Jun Lin, no dia 24 de maio, continuará preso até as autoridades alemãs analisarem o pedido de extradição feito pelo Canadá.

Foto do esquartejador canadense Luka Rocco Magnotta, divulgada pela Interpol. REUTERS/Interpol/Handout

O ex-manequim, de 29 anos, responderá a acusações de homicídio premeditado e ocultação de cadáver. A apresentação diante do juiz será realizada hoje a portas fechadas.

A justiça alemã pediu ao Canadá que enviasse os documentos para a extradição do jovem. “Esperamos os documentos e assim que chegarem, um juiz deve se pronunciar sobre a extradição”, afirmou o porta-voz da promotoria, Martin Steltner. “Esperamos que seja validado”, completou.

A vítima, de 32 anos, teve seu corpo cortado em pedaços e o ritual foi filmado para que as imagens fossem divulgadas na Internet. Segundo a imprensa canadense, os dois rapazes tinham tido uma relação amorosa no passado.

Na última terça-feira, um pé humano enviado pelo fugitivo, foi descoberto entre as correspondências do Partido Conservador canadense, em Ottawa, com uma ameaça ao primeiro ministro Stephen Harper. Uma correspondência com uma mão humana foi encontrada também no correio pela polícia e seria enviada ao opositor Partido Liberal.

O canadense vinha sendo perseguido desde 1° de junho, quando a Interpol divulgou um pedido de busca internacional. As investigações sobre Luka Magnotta estão “longe de estar terminadas”, declarou a polícia de Montreal, em referência a antigos casos que podem ser reabertos com a prisão do ex-manequim.