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Colômbia/Farc

Farc libertam jornalista francês, depois de 32 dias de cativeiro

Foi libertado nesta quarta-feira o jornalista francês Roméo Langlois, correspondente em Bogotá da TV France 24. Ele havia sido sequestrado pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as FARC, em 28 de abril passado.  O jornalista foi solto às 15h34 no horário de Brasília, no vilarejo de San Isidro, na região de Florencia, no sul da Colômbia.

Primeira imagem do jornalista Romeo Langlois depois de sua libertação, transmitida pela TV colombiana Telesur.
Primeira imagem do jornalista Romeo Langlois depois de sua libertação, transmitida pela TV colombiana Telesur.
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Roméo Langlois chegou de carro, acompanhado por diversos guerrilheiros e foi recebido pela delegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, pela  ONG "Colombianos e Colombianas pela paz", dirigida pela ex-senadora Piedad Córdoba, e por Jean-Baptiste Chauvin, enviado especial do presidente François Hollande.

As primeiras imagens do jornalista foram divulgadas pela rede de TV latino-americana Telesur. Ele apareceu sorrindo e declarou ter sido bem tratado durante o seu cativeiro: "Deixando de lado o fato de ter ficado preso durante um mês, o resto se passou bem. Não posso me queixar".

Langlois fez declarações em espanhol, criticando a falta de cobertura do confronto entre as Farc e o governo colombiano: "O conflito não é coberto. Tomara que os jornalistas consigam entrar na região, mostrando os confrontos dos dois lados. O trabalho de um jornalista é cobrir todos os lados do conflito".

Langlois também comentou a operação do Exército colombiano durante a qual foi capturado pela guerrilha, revelando que "era um laboratório pequeno que as pessoas usavam para sobreviver. Durante a operação, só vi um morto e não 15, como falaram depois".

Depois de condenar a utilização política do seu rapto, o jornalista elogiou o tratamento recebido pelos guerrilheiros:"Fui tratado como um convidado, nunca me amarraram, me deram boa comida e foram muito respeitosos", disse Langlois.

O jornalista foi sequestrado durante um confronto entre uma unidade anti-drogas do exército na região de Caqueta, base dos guerrilheiros no sul da Colômbia. Em um comunicado divulgado no domingo, as Farc haviam prometido libertar Langlois nesta quarta-feira.

Reação

A primeira reação oficial francesa veio do presidente François Hollande, que expressou sua grande alegria e agradeceu às autoridades colombianas e à Cruz Vermelha pelo envolvimento na libertação do francês.

"Meu primeiro pensamento vai para Roméo Langlois, que voltará rapidamente para a França, onde encontrará sua família e seus amigos, que viveram este sofrimento com uma grande dignidade", declarou Hollande em um comunicado.

A guerrilha das Farc foi fundada em 1964 e mesmo enfraquecida nos últimos anos com a morte de diversos chefes, ainda tem mais de 9.000 combatentes espalhados nas regiões montanhosas e na floresta Amazônica. Em fevereiro passado, as Farc prometeram renunciar à prática dos sequestros contra resgate.

 

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