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Desemprego/Economia

Mundo terá 202 milhões de desempregados até o final do ano

O desemprego deve atingir 202 milhões de pessoas no mundo este ano, seis milhões a mais que em 2011. A previsão é da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que divulgou seu relatório anual sobre o tema nesta segunda-feira. De acordo com a instituição, as políticas de rigor econômico contribuíram para esse aumento, que afeta principalmente a Europa.

A Espanha, com quase um quarto da população desempregada, é um dos países que mais sofrem com a situação.
A Espanha, com quase um quarto da população desempregada, é um dos países que mais sofrem com a situação. REUTERS/Andrea Comas
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Os números divulgados nessa véspera do Dia do Trabalho superam as previsões e preocupam os especialistas. “Nós passaremos em 2012 a 202 milhões, um aumento de 6 milhões” com relação ao ano passado, explica Raymond Torres, diretor de estudos sociais da OIT. “Isso quer dizer que teremos um índice de desemprego de cerca de 6,1% em 2012”, ressaltou. O relatório também alerta para a situação em 2013, quando a falta de emprego deve atingir 207 milhões de pessoas no planeta.

O Brasil foi um dos dez países que mais criou postos de trabalho nos últimos anos

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Chamil Chade, correspondente da RFI em Genebra

Segundo a organização, as dificuldades de acesso ao crédito, principalmente nas economias avançadas, e as medidas de rigor implementadas para “acalmar os mercados financeiros” são os responsáveis pela degradação na situação do emprego. “A austeridade não produz mais crescimento econômico”, analisa Torres, que considera as políticas de cortes como “contraproducentes”, já que destroem empregos e não reduzem os déficits orçamentários.

A situação preocupa principalmente na Europa, onde a taxa de desemprego aumentou em quase dois terços dos países desde 2010. Além disso, a retomada do mercado de trabalho continua estagnada em outras economias avançadas, como o Japão e os Estados Unidos. Ainda de acordo com a OIT, a falta de empregopode ser fonte de novos conflitos sociais, principalmente no continente europeu, no Oriente Médio, no norte da África e na região do Saara.

Para a OIT, a situação não deve melhorar nos próximos dois anos. A organização explica que o ritmo do crescimento da economia mundial dificilmente será suficiente para inverter essa tendência e recuperar o déficit de empregos atual. Além disso, 80 milhões de pessoas devem entrar no mercado de trabalho entre 2013 e 2014, o que deve complicar ainda mais o contexto.

Na contramão dessa tendência, o Brasil é um dos dez países que mais criaram empregos, segundo o relatório.

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