Le Figaro destaca caso de religiosos muçulmanos proibidos de entrar na França

O conservador Le Figaro dedica sua manchete aos quatro imãs integristas proibidos de entrar no país. Eles haviam sido convidados para participar do congresso da União das organizações islâmicas da França, na próxima semana. Para as autoridades francesas, o discurso deles "representa um alto risco de perturbações na ordem pública" no contexto atual. 

O presidente francês, Nicolas Sarkozy. REUTERS/Philippe Wojazer

O jornal afirma que a comoção causada pelos assassinatos no sudoeste da França, realizados por um jovem muçulmano que dizia pertencer à rede terrorista Al-Qaeda, explica essa repentina atenção direcionada a líderes religiosos muçulmanos ativos na França ou em canais de TV assistidos no país há vários anos.

Crise econômica

"Mas onde foi parar a crise?", pergunta a manchete do Libération. O jornal progressista afirma que "a economia não está mais no centro do discurso dos principais candidatos". E no entanto, lembra Libération, mesmo que a situação tenha melhorado, a crise ainda não foi solucionada.

Em editorial, o diário encoraja os candidatos à presidência da França a deixarem de lado o drama de Toulouse e outros eventos da atualidade para se concentrarem nos temas que realmente importam para o futuro dos eleitores: a economia, o social, o desemprego e a educação.

Ainda sobre o mesmo tema, o católico La Croix traz uma grande reportagem sobre como os empresários enfrentam a crise econômica na França.

Já o diário especializado em economia Les Echos dá destaque nesta sexta-feira para a notícia de que finalmente os preços dos imóveis em Paris começam a cair. E tudo indica que essa tendência vai se reforçar nos próximos meses.

O comunista L'Humanité, por sua vez, publica uma pesquisa sobre os eleitores da Frente de Esquerda responsáveis pela ascensão de Jean-Luc Mélenchon nas pesquisas de opinião. O estudo indica que o candidato faz sucesso principalmente junto aos jovens de 18 a 24 anos e aos operários sem qualificação.