Armas do atirador de Toulouse mostram um combatente islâmico "atípico"
O arsenal de armas nas mãos do atirador do Toulouse revela que seu perfil era de um combatente radical islâmico atípico , informa o Le Figaro desta terça-feira após analisar o material encontrado pela polícia com Mohamed Merah. Um especialista ouvido pelo jornal afirma que o jovem morto após o cerco policial possuía um conjunto de armas bem diversificado, diferente dos que pertencem a grupos terroristas organizados que costumam fornecer a seus integantes explosivos e fuzis.
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O Le Figaro investigou a origem das sete armas encontradas com o atirador e constatou que entre elas há modelos antigos como uma semi-automática de origem americana comercializada desde a Segunda Guerra Mundial até uma mini metralhadora UZI israelense mais recente. Segundo o jornal, os investigadores querem saber como ele pôde adquirir tantas modelos em um país onde o comércio de armas é bastante controlado. Uma das hipóteses sugeridas pelo jornal é através de uma rede de contatos feita na época em que Mohamed esteve na prisão.
Strauss Khan
O Libération destaca, em uma de suas manchetes principais, a decisão da justiça francesa de indiciar o ex-diretor gerente do FMI, Dominique Strauss Khan, para investigar a participação dele em um esquema de prostituição no país, conhecido como caso Carlton, nome de um hotel em Lille, no norte do país. Segundo o jornal, a justiça quer esclarecer se Strauss Khan sabia que as mulheres contratadas para as festas realizadas em Paris e Washington eram prostitutas.
O jornal econômico Les Echos informa que apesar de moderada, a alta do desemprego no mês de fevereiro na França relançou o debate sobre o balanço da gestão do presidente Sarkozy. A divulgação de que mais de 4 milhões de franceses estão desempregados pode trazer de volta à campanha um tema bem mais delicado para o presidente-candidato do que a segurança e a imigração. Consciente do perigo que representam os números, Sarkozy costuma martelar que a França resistiu melhor do que outros países à crise econômica, escreve o Les Echos.
E como faz toda terça-feira, o La Croix dedica sua manchete a um tema da campanha eleitoral francesa e desta vez aborda o tema da política fiscal e do equilíbrio das contas públicas com uma pergunta: é preciso aumentar os impostos?
Ao analisar as proposas dos candidatos, o jornal católico afirma que a maioria concorda que um aumento dos tributos será necessário mas ainda não está claro como eles vão fazer para estabilizar as despesas públicas.
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