UE lança campanha para atrair pesquisadores estrangeiros

O Conselho Europeu de Pesquisa lançou domingo uma campanha internacional para convencer os pesquisadores de ponta do mundo inteiro a trabalhar na Europa. As bolsas oferecidas podem chegar a 3,5 milhões de euros para cinco anos de trabalho.

Pesquisadores reunidos durante conferência do Conselho Europeu de Pesquisa, em junho de 2011. http://erc.europa.eu

O objetivo é aumentar em mais de 500 o número de pesquisadores estrangeiros trabalhando na Europa. Atualmente 2.600 bolsistas do fundo não são europeus, precisou Donald Dingwell, secretário geral do Conselho criado em 2007.

Dingwell deve visitar a América Latina em maio para falar sobre o programa. Ele também tem viagens previstas para a África do Sul em março, a Rússia e a Ucrânia em setembro e até o fim do ano, vários países da Ásia, a costa oeste dos Estados Unidos e o México.

A principal condição para que a bolsa seja outorgada, é que o pesquisador passe a metade do tempo de trabalho na Europa e que trabalhe em uma instituição europeia de pesquisa.

“O programa é aberto a todos no mundo”, sublinhou Dingwell durante uma conferência de imprensa na conferência da Sociedade americana pelo avanço da ciência (AAAS) neste fim de semana em Vancouver. “Nós queremos mostrar que a União Europeia é atrativa para os pesquisadores”, completou.

O Conselho Europeu de Pesquisa tem um orçamento de 1,8 bilhões de euros para as bolsas de pesquisa em 2013, precisou Dingwell. Ele também explicou que existe na União Europeia um apoio político forte em favor da pesquisa, apesar da crise econômica no velho continente e que “a integração europeia viva um período delicado”.

Nicole Boivin, uma arqueóloga canadense, que se instalou na Universidade de Oxford depois de ter recebido um financiamento de pesquisa de 1,2 milhões de euros, explicou ter solicitado estes fundos porque o coneslho Europeu de Pesquisa é aberto à projetos multidisciplinares.