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França/ desemprego

Sarkozy anuncia 430 milhões de euros para reduzir desemprego

Depois de se reunir com as principais organizações sindicais e patronais da França, o presidente Nicolas Sarkozy anunciou hoje a liberação de 430 milhões de euros, cerca de 980 milhões de reais, para financiar medidas “de urgência” para reduzir o desemprego no país. Entre os projetos estão o incentivo à qualificação profissional nos períodos de desemprego e o desenvolvimento do chamado "desemprego parcial".

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, recebe representantes sindicais e patronais no Palácio do Eliseu, nesta quarta-feira.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, recebe representantes sindicais e patronais no Palácio do Eliseu, nesta quarta-feira. REUTERS/Lionel Bonaventure/Pool
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Para tentar contornar os índices de desemprego, que chegaram a 10% na França ao final de 2011 – os mais altos desde 1999 – , o chefe de Estado recebeu nesta manhã, no Palácio do Eliseu, os presidentes dos cinco maiores sindicatos do país e das três entidades patronais francesas. “Vamos fazer de tudo para evitar o corte dos laços entre um funcionário e sua empresa, manter os empregados em atividade – mesmo que em meio turno ou em regime de desemprego parcial – e qualificar empregados durante o seu tempo livre forçado”, declarou o presidente à imprensa, ao final do encontro.

As medidas anunciadas por Sarkozy custarão 430 milhões de euros, cerca de 980 milhões de reais, para os cofres públicos. Os recursos serão mobilizados pela reorganização de gastos para “não aumentar em nem um centavo o déficit público”, afirmou o presidente. Mais de 1 mil funcionários temporários vão ampliar os serviços de assistência aos desempregados, ao custo de 39 milhões de euros (88 milhões de reais). Empresas e empregados têm reclamado da ineficácia da agência pública de reinserção profissional, que sofreu cortes durante o mandato de Sarkozy.

Em outra medida “de urgência”, o governo prometeu a criação de um dispositivo que vai proporcionar “custo zero” para uma pequena empresa empregar um jovem de menos de 26 anos, o que vai acarretar uma despesa de 100 milhões de euros (227 milhões de reais). O pacote se completa com 140 milhões de euros (318 milhões de reais) para simplificar o dispositivo de desemprego parcial e mais 150 milhões para a formação de trabalhadores.

“Todos, sem exceção, vão receber uma proposta de qualificação profissional, ou um emprego, ou um processo de ressocialização, para aqueles que estão afastados há muito tempo do mercado e não conseguem retomar o trabalho”, explicou Sarkozy, a três meses das eleições presidenciais.

As decisões sobre outros assuntos mais complexos, como o financiamento da proteção social e a flexibilização do tempo de trabalho, foram adiadas para o final do mês. Outros focos de preocupação dos franceses como a falta de moradias, o aumento da competitividade e a criação de um banco de financiamento para a indústria não foram abordados por Sarkozy.

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