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França/crise

"Cúpula de crise" discute soluções para desemprego na França

Cúpula da crise. Assim está sendo chamado o encontro que acontece esta manhã no Palácio do Eliseu, em Paris. O presidente Nicolas Sarkozy convocou os cinco principais sindicatos e as três maiores organizações patronais do país para discutir saídas para o desemprego, após um ano em que a falta de empregos chegou aos mais altos índices dos últimos 12 anos e a crise econômica não deu sinais de recuo.

Presidente Nicolas Sarkozy aguarda a chegada dos representantes sindicais e patronais, no palácio do Eliseu, em Paris.
Presidente Nicolas Sarkozy aguarda a chegada dos representantes sindicais e patronais, no palácio do Eliseu, em Paris. REUTERS/Philippe Wojazer
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O maior objetivo do governo é aumentar a competitividade das empresas francesas através de uma redução dos custos do trabalho. Porém, os sindicalistas não querem nem ouvir falar em mudar o sistema de 35 horas semanais de carga horária, apontado pela direita como uma das principais razões que fazem os custos de um trabalhador serem tão elevados na França. Já a adoção do chamado "desemprego parcial", que dá mais flexibilidade no cumprimento dessa norma para evitar demissões, pode ser um ponto de consenso entre as partes.

Mas o ponto mais polêmico, que deverá ser abordado com toda a cautela por Sarkozy, é a chamada TVA social, o aumento do principal imposto sobre mercadorias e serviços da França com o objetivo de aliviar, para as empresas, os tributos sociais pagos pelos empregadores. Em outras palavras, a população, como um todo, pagaria mais impostos para que as empresas diminuam os gastos e assim possam contratar mais empregados, no que resultaria na diminuição do desemprego.

O governo avalia que uma elevação de até 2% na TVA, que passaria de 5 para 7%, seria suficiente para melhorar a situação, mas essa alternativa, extremamente impopular, é rejeitada com toda a força pelos sindicatos.

Além disso, a três meses das eleições presidenciais, os representantes dos trabalhadores veem com desconfiança o convite do presidente para o diálogo: os sindicalistas temem que Sarkozy possa se aproveitar desse encontro na sua campanha eleitoral.

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