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Imprensa

Maior desemprego em 12 anos é destaque nos jornais

A imprensa francesa desta terça-feira repercute a notícia de que o desemprego na França chegou ao seu maior índice desde novembro de 1999. Enquanto o jornal conservador Le Figaro dá pouco destaque aos novos números, que significam 2,85 milhões de pessoas sem emprego no país, o diário econômico dedica a sua manchete de hoje ao assunto, sob o título de "a preocupante aceleração da alta do desemprego".

As altas taixas de desemprego na França são destaque nos jornais desta terça-feira.
As altas taixas de desemprego na França são destaque nos jornais desta terça-feira. RFI
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Depois de uma reportagem de duas páginas, em editorial o Les Echos afirma que os dados são "implacáveis" e representam mil desempregados a mais por dia em novembro. Agora, ressalta o jornal, a pressão vai aumentar sobre o presidente Nicolas Sarkozy, que marcou às pressas uma cúpula para o dia 18 de janeiro para tentar encontrar, com seus ministros, soluções contra a falta de postos de trabalho.

O editorial designa a crise, mas também o governo como responsáveis pelas más notícias. "É culpa dos governos que se sucederam há uma geração, porque a taxa do desemprego não caiu abaixo dos 7% nos últimos 30 anos, enquanto que na Alemanha ela é, hoje, de 6%", diz o jornal. Como estratégias para combater a alta do desemprego, o diário aponta a simplificação do Código do Trabalho, a aproximação entre as universidades e as empresas e a abertura dos mercados mais fechados à concorrência no país, como o de circulação de táxis nas grandes cidades.

Enquanto isso o Le Figaro, favorável ao partido de Sarkozy, publica apenas uma chamada de capa para o assunto e meia página de reportagem no interior do jornal. Metade do texto fala sobre os setores da economia que continuam contratando apesar da crise, como a informática, a aeronáutica, a energia. O Figaro explica que o aumento do desemprego se deve sobretudo à alta, verificada nos últimos meses, dos empregos temporários e dos postos precários de trabalho. Mas lembra que uma das soluções que estão na mesa é a possibilidade de prolongamento dos contratos temporários, passando de um tempo máximo permitido de 18 para 30 meses.
 

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