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Noruega/Massacre

Breivik não pode ser responsabilizado penalmente

Os psiquiatras encarregados pela justiça da Noruega de realizar uma avaliação de Anders Behring Breivik, concluíram que o jovem, que matou 77 pessoas em julho, tem problemas psicológicos e não pode ser responsabilizado penalmente.

Anders Behring Breivik, quando compareceu diante da justiça da Noruega em novembro.
Anders Behring Breivik, quando compareceu diante da justiça da Noruega em novembro. REUTERS/Jon-Are Berg-Jacobsen
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Neste caso, Breivik não pode ser condenado à prisão, mas somente a uma internação em uma instituição psiquiátrica. Para realizar o relatório, os psiquiatras fizeram 13 entrevistas com Breivik na prisão de alta segurança de Ila, perto de Oslo, onde ele está detido provisoriamente.

“A conclusão é que ele é louco”, declarou o promotor Svein Holden durante uma coletiva de imprensa. “Ele vive em seu próprio mundo delirante e seus pensamentos e atos são determinados por este universo”, completou. Ele explicou que Breivik desenvolveu uma esquizofrenia paranóica e que sofria de distúrbios psicóticos no momento dos fatos. Esta condição mental, segundo os médicos, teria alterado seu julgamento.

A última palavra sobre a responsabilidade penal do jovem será dada pelo tribunal, que geralmente segue as recomendações dos peritos. Os tribunais noruegueses podem ainda pedir uma segunda avaliação psiquiátrica de Breivik, ou questionar as conclusões da avaliação. O processo será aberto no dia 16 de abril do ano que vem e deve durar 10 semanas.

Breivik é responsável pelo pior massacre da história da Noruega desde a Segunda Guerra Mundial. Depois de realizar um atentado terrorista no centro de Oslo, usando um veículo carregado de explosivos, em julho deste ano, Breivik foi até a ilha de Utoya, onde acontecia uma reunião de jovens trabalhistas noruegueses, e assassinou 69 pessoas. No total, os dois ataques fizeram mais de 77 mortos.

Em novembro, Breivik reconheceu sua responsabilidade no massacre, mas não se declarou culpado pelo atentado em Oslo e os assassinatos de Utoya, durante sua primeira aparição diante da justiça de seu país.

 

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