Crise na Europa domina encontro entre UE e Estados Unidos
Em uma reunião com os líderes da União Europeia nesta segunda-feira, em Washington, o presidente americano Barack Obama pediu uma ação rápida e eficaz para evitar que a crise se alastre. O foco do encontro foi a crise na Europa, que ameaça prejudicar a economia americana – que já tem uma lista de problemas internos como o tremendo déficit fiscal e a alta taxa de desemprego.
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Para o presidente Barack Obama, em plena campanha para as eleições do próximo ano, evitar este contágio é fundamental. Por conta disso, ele convocou a reunião com o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, e com o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy. Obama pressionou os europeus a agirem mais decisivamente e rapidamente para evitar que a crise se alastre.
O presidente americano informou que os Estados Unidos estão prontos para fazer sua parte para resolver esse problema. “Isso é de extrema importância para nossa economia. Se a Europa está contraindo, ou está tendo dificuldades, então é muito mais difícil para nós criarmos empregos aqui em casa”, insistiu Obama.
Os líderes se comprometeram a trabalhar juntos para revigorar o crescimento econômico no curto prazo e assegurar a estabilidade financeira e fiscal. No entanto, não anunciaram nenhum plano detalhado para ajudar a Europa.
Van Rompuy disse que os Estados Unidos e a União Europeia devem tomar medidas duras para sustentar a recuperação da economia. Barroso, por sua vez, expressou confiança total na habilidade dos líderes europeus de superarem dificuldades.
Todos enfatizaram ainda a importância de trabalhar junto com as economias emergentes e também insistiram que é preciso estimular o comércio e investimentos entre Estados Unidos e União Europeia.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, também participaram das conversas. Questões climáticas, a situação dos países do Oriente Médio e do Norte da África, a Guerra no Afeganistão e o terrorismo também foram pautas do encontro. Os líderes concordaram ainda em continuar pressionando o Irã sobre assuntos nucleares.
Com a colaboração de Raquel Krahënbühl, correspondente da Radio França Internacional em Washington.
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