Emissários dos EUA tentam dissuadir palestinos de pedir reconhecimento
David Hale, o enviado especial americano para as negociações de paz, e Dennis Ross, um dos principais assessores da Casa Branca, estão no Oriente Médio para tentar demover a liderança palestina da decisão de buscar o reconhecimento de um estado palestino na ONU, na semana que vem.
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Hale e Ross vão se reunir diversas vezes, separadamente, com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. O governo americano aposta suas últimas fichas na visita de dois nomes importantes na região.
Os americanos se opõem ao reconhecimento na ONU por acreditarem que a paz entre israelenses e palestinos só será viável através de negociações diretas e não de passos unilaterais.
O impasse nessas negociações, congeladas na prática desde a ofensiva israelense à Faixa de Gaza, entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009, depois de meses de ataques palestinos a cidades do Sul de Israel, levou a liderança palestina a decidir apelar à ONU.
Mas a Casa Branca acredita que o pedido tornará ainda mais difícil uma retomada das conversas bilaterais, podendo levar a uma nova onda de violência entre israelenses e palestinos, com o potencial de incendiar todo o Oriente Médio.
A chefe da diplomacia européia, Catherine Ashton, também está na região para tentar evitar as possíveis consequências da medida. O objetivo é encontrar uma fórmula que agrade a todos, que talvez inclua uma elevação de status dos palestinos na ONU, sem uma declaração de independência.
Daniela Kresch, correspondente da Radio França Internacional em Tel Aviv.
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