UE estuda posição comum sobre o reconhecimento da Palestina na ONU
Reunidos na estação balneária de Sopot, na Polônia, os representantes da diplomacia da União Europeia tentam chegar a uma posição comum sobre o pedido de reconhecimento do Estado Palestino, que será apresentado nas Nações Unidas em setembro. Os países membros do bloco estão divididos sobre o assunto, mas alguns participantes do encontro apostam em soluções intermediárias.
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Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia querem evitar que o bloco chegue dividido à ONU quando os palestinos apresentarem o pedido de reconhecimento de seu Estado na instituição, no dia 13 de setembro. De acordo com o chefe da diplomacia belga, Steven Vanackere, “uma posição unificada é crucial”. Os europeus, principais doadores junto à Palestina, devem “ser capazes de manter o papel positivo que sempre tiveram no Oriente Médio”, disse o representante de Bruxelas.
Mas os membros do bloco parecem longe de um acordo. Se países como a Espanha apoiam a adesão, atores importantes, como a Alemanha, Holanda e a Itália se disseram contra. Já a França e o Reino Unido não deixaram clara sua posição e se dizem abertos para discussões.
O ministro das Relações Exteriores do Luxemburgo, Jean Asselborn, propõe uma solução intermediária, na qual a ONU concederia aos palestinos um título de “Estado não-membro dotado de uma posição de observador”, como é o caso atualmente do Vaticano. Com isso, eles teriam mais acesso às agências das Nações Unidas, como a Organização Mundial da Saúde, a Unesco e a Unicef.
No entanto, a posição comum da União Europeia depende do teor da resolução de adesão que será apresentada em Nova York, alerta a chefe da diplomacia do bloco, Catherine Ashton. Para evitar surpresas, nos corredores poloneses já se fala de uma possível proposição de projeto de adesão palestina redigida pelos próprios europeus.
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