Acessar o conteúdo principal
Síria

EUA e União Europeia pedem saída de Bashar al-Assad

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira, em comunicado, que chegou a hora de o dirigente da Síria, Bachar al-Assad se retirar do poder. Ao mesmo tempo, anunciou sanções mais duras contra o regime do país. Líderes europeus também pedem a saída do presidente sírio. Repressão sangrenta em cinco meses já fez cerca de duas mil vítimas fatais.

Relatório da ONU aponta crimes contra a humanidade cometidos pelo regime sírio.
Relatório da ONU aponta crimes contra a humanidade cometidos pelo regime sírio. Reuters
Publicidade

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, também emitiram, pouco tempo depois de Obama, comunicados pedindo que Assad deixe o poder. A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, afirmou que a Europa aponta “a completa falta de legitimidade do líder aos olhos do povo sírio e a necessidade de que ele renuncie".

Obama também disse, no comunicado, que o presidente da Síria é responsável pela violenta repressão aos protestos da população por mais liberdade. "Pelo bem do povo sírio, chegou a hora de Assad deixar o cargo", afirmou. Esta é a primeira vez que os Estados Unidos pedem explicitamente a renúncia de Bashar al-Assad, cujo regime reprimiu durante cinco meses os movimentos de protesto, causando cerca de dois mil mortos.

O presidente americano também autorizou a adoção de novas sanções contra o governo de Damasco, que foram anunciadas nessa quinta-feira pela secretária de Estado americano, Hillary Clinton. O decreto proíbe a importação de petróleo e de seus derivados da Síria e congela todos os bens de empresas petrolíferas do país nos EUA. Segundo Hillary Clinton, essas medidas “atingem o coração” do regime de Al-Assad.

Crime contra a humanidade

O Alto Comissariado pelos Direitos Humanos da ONU publicou um relatório nesta quinta-feira, onde afirma que a repressão aos manifestantes no país pode representar um “crime contra a humanidade”.

O documento pede para que o Conselho de Segurança da ONU “considere levar a situação síria para o Tribunal Penal Internacional” e aponta “torturas e outros tratamentos degradantes e desumanos de civis pela polícia e o Exército”. A missão da ONU afirma ter em seu poder 1.900 nomes de civis mortos no país desde o mês de março. O relatório insiste que a maioria das manifestações dos últimos meses contra o regime de Al-Assad foram pacíficas.

Uma nova sessão especial do Conselho dos Direitos Humanos da ONU sobre a situação na Síria será realizada na segunda-feira, a pedido da União Europeia, dos países árabes e dos Estados Unidos.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.