Conselho de Direitos Humanos da ONU fará sessão para discutir situação na Síria

O Conselho de defesa dos Direitos Humanos da ONU marcou para segunda-feira uma sessão especial dedicada à situação na Síria atendendo a um pedido conjunto da União Europeia, dos países árabes e dos Estados Unidos. O governo americano e a União Europeia devem solicitar nesta quinta-feira a saída do presidente sírio, Bachar Al-Assad, do poder.

O presidente sírio Bachar Al-Assad garantiu à ONU que a ofensiva contra opositores do regime terminou. REUTERS/Khaled al-Hariri/Files

Washington pode também anunciar novas sanções contra o regime sírio em represália à repressão violenta contra os opositores do regime. As informações foram repassadas por fontes que pediram anonimato.

Cada vez mais isolado, Bachar Al-Assad garantiu ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, que a ofensiva das forças governamentais contra os opositores do regime terminou. A declaração foi feita durante uma conversa telefônica, ontem à noite, entre Al-Assad e Ban Ki-Moon, que expressou a preocupação da comunidade internacional com a onda de violência e os abusos em relação aos direitos humanos na Síria, além dos excessos cometidos pelo Exército sírio contra civis.

Em comunicado, a ONU citou a ofensiva no bairro de Al Raml, na cidade portuária de Latakia, onde vivem milhares de refugiados palestinos. O Secretário pediu ainda uma investigação independente sobre a morte dos manifestantes e os atos de violência. Segundo os moradores de Latakia, a ofensiva contra os bairros sunitas da cidade levaram centenas de pessoas a um estádio da cidade.

De acordo com uma organização de defesa dos direitos humanos, operações das forças de segurança do governo, ontem à noite em Homs, no oeste do país, deixaram pelo menos nove mortos. Conforme diplomatas, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Nancy Pullay, poderá pedir que o Conselho de Segurança  acione o Tribunal Penal Internacional para investigar a situação da Síria.