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Grã-Bretanha/Grampos

Cameron se defende diante de Parlamento a respeito de grampos

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, compareceu nesta quarta-feira a uma sessão parlamentar extraordinária a respeito do escândalo de escutas ilegais feitas pelo tabloide News of the World. Ele afirmou não ter cometido erro de conduta e que, se tivesse tido mais informações, não teria contratado o ex-editor de tabloide acusado de grampos.

David Cameron diante dos parlamentares britânicos nesta quarta-feira (20/07/2011).
David Cameron diante dos parlamentares britânicos nesta quarta-feira (20/07/2011). Reuters/Parbul TV
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Cameron declarou que não teria contratado para ser seu porta-voz o ex-diretor do jornal News of the World, se soubesse que Andy Coulson estava envolvido no escândalo dos grampos. Para o premiê, Coulson é “inocente até que se prove o contrário”. Ed Milliband, líder da oposição trabalhista, qualificou as declarações de Cameron como “insuficientes”, acusando o premiê de ter cometido “um erro de julgamento catastrófico”.

Coulson pediu demissão da chefia do tabloide em 2007, logo após as primeiras revelações de escutas ilegais da família real. Alguns meses depois, o jornalista foi contratado por Cameron para ser diretor de comunicação do Partido Conservador, então na oposição. Com a eleição dos conservadores, Coulson virou porta-voz.

Um artigo do New York Times de setembro do ano passado acusava Coulson de ter conhecimento das escutas. Já como assessor direto de Cameron no governo, Coulson pediu demissão do cargo em janeiro, com a abertura de inquérito policial sobre os grampos.

O premiê afirmou que não agiu em contradição com o código de conduta governamental. Cameron disse que colocou à disposição todas as trocas de mensagens entre o seu chefe de gabinete e John Yates, ex-chefe da seção antiterrorista da Scotland Yard, que pediu demissão por causa do escândalo. “Isso mostra que meus colaboradores agiram de forma irrepreensível”, declarou Cameron.

Nas últimas semanas, muitas cabeças rolaram nas empresas do magnata australiano Rupert Murdoch e na Scotland Yard. Cerca de quatro mil pessoas, entre personalidades, politicos e familiares de pessoas assassinadas, como o brasileiro Jean Charles de Menezes, teriam tido seus telefones grampeados. O News of the World era o jornal mais antigo e de maior circulação na Grã-Bretanha. Por causa do escândalo, sua última edição foi às bancas no dia 10 de julho.

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