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Suíça/Caso Polanski

Suíça rejeita pedido de extradição de Polanski aos Estados Unidos

A justiça suíça rejeitou o pedido de extradição do cineasta Roman Polanski para os Estados Unidos. Ele foi condenado por um tribunal da Califórnia por ter tido relações sexuais com uma menor de 13 anos, em 1977, mas deixou os Estados Unidos sem cumprir a sentença. O tribunal que julgou o pedido de extradição também suspendeu a prisão domiciliar de Polanski.

A justiça suíça não aceitou a extradição do cineasta Roman Polanski para os Estados Unidos.
A justiça suíça não aceitou a extradição do cineasta Roman Polanski para os Estados Unidos. Reuters
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A justiça suíça negou nesta segunda-feira o pedido de extradição do cineasta franco-polonês Roman Polanski para os Estados Unidos. A decisão também inclui a suspensão de sua prisão domiciliar, em seu chalé na estação de esqui de Gstaad, nos Alpes suíços. Os Estados Unidos não poderão recorrer da decisão.

Polanski foi acusado de ter tido relações sexuais com Samanta Geimer, uma menor de 13 anos, em 1977, nos Estados Unidos, e chegou a ser julgado por um tribunal norte-americano. Ele admitiu ter tido relações com a menina, mas fugiu um dia antes da promulgação da sentença, temendo que o juiz não respeitasse o acordo negociado com seu advogado, que previa uma pena de prisão de 42 dias. O cineasta, que corria o risco de pegar até 50 anos de prisão e nunca mais voltou aos Estados Unidos, acabou sendo detido no dia 26 de setembro do ano passado, quando chegou a Zurique para receber um prêmio por sua carreira no festival de cinema da cidade. Desde então, ele estava detido. Primeiro, Polanski passou alguns dias em uma prisão suíça e, depois que pagou uma fiança de US$ 4,5 milhões, foi transferido para a prisão domiciliar em seu chalé nos Alpes.

Com 76 anos, Polanski vivia na França antes de ser detido e deve voltar ao país agora que está livre para encontrar sua família, anunciou seu advogado. A prisão de Polanski e o pedido de extradição para os Estados Unidos tiveram uma grande repercussão no meio artístico e político. Uma petição internacional pedindo sua liberdade foi assinada por cineastas norte-americanos como Woody Allen, David Linch e Martin Scorcese. O ministro francês da Cultura, Frédéric Mitterrand, e o ministro das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, também fizeram declarações públicas em apoio a Polanski.

Em 2003, Samanta Geimer perdoou o cineasta em público. Anos antes, ela havia recebido uma indenização de US$ 225 mil para pôr fim ao processo civil contra Polanski. Em 2002, o cineasta recebeu o Oscar de melhor diretor pelo filme "O pianista", sobre o Holocausto, e dirigiu outros filmes como "O bebê de Rosemary" e "Chinatown".

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